Tokyo Tower
Ao se falar sobre Tókio, acredite tudo é possível e é verdadeiro, há tantos ângulos para se enxergar a cidade que não tem como reduzir a um único aspecto. Quando se chega ao Japão à ida a sua capital é primordial, pelo fascínio que ela exerce sob qualquer visitante.
Tókio é uma mega cidade, são quase 20 milhões de habitantes, num espaço territorial mínimo, estes milhões vivem e disputam espaço de vida e convivência de emprego, lazer e cultura, formando um caldeirão imenso de possibilidades inacreditáveis, cada lugar da cidade tem sua vida e significado.
Conhecer bem a Yamanote Line ajuda muito a entender o funcionamento e articulação dos espaços urbanos. Em cada uma de suas 31 estações você encontra algo interessante, inusitado e alguns espetaculares, que torna sua visitação inesquecível.
Neste vários artigos sobre Tókio vou transmitir minhas emoções mais profundas de uma cidade que me encanta plenamente. O impacto que tive ao conhecer a cidade, só se compara à primeira vez que visitei São Paulo, as duas cidades que sinto que pulsam forte, vibrantes de beleza indefinível, é como o amor não se define com palavras lógicas.
Andando em Tókio
Uma constatação que dificulta a vida de um estrangeiro no Japão é quase todo letreiro é em japonês, poucas indicações em inglês, no interior as placas estão escritas com caracteres, piorando ainda mais. Segundo, não se encontra muita gente que fale inglês ou se disponha a falar, a pronúncia e a adequação do inglês à fonética japonesa dificultam muito o entendimento.
Logo na primeira vez que fui a Tókio, por costume, pois já havia morado em 12 cidades em 7 estados aqui no Brasil, preocupei-me em estudar primeiro como se deslocar e chegar aos lugares. Saber as estações, onde se troca de trem, qual a direção tomada.
I – Ueno
Minha porta de entrada na cidade foi Ueno Station, é uma das estações troncais que recebe várias linhas de trens da região nordeste de Tókio. Logo, a primeira visita que fiz foi ao Zoológico imenso que fica ao lado da estação, recebe o mesmo nome dela.
Impressiona a grandiosidade dele, e a localização num lugar tão central. Os pandas são a grande atração, realmente são muito bonitos. Também curti os pingüins, na época tinha uma propaganda para primeiras câmeras digitais, justamente com eles, muito engraçada, eles diziam: Câmera?Vídeo? Ambos? Let’s pose!!
II – Rumo a Akihabara
Ainda na região de Ueno e rumando para Tokyo Station, tem o maior paraíso eletrônico que você possa pensar: Akihabara. Muitas vezes fui andando de Ueno até Akihabara, margeando os trilhos da JR, entre elas tem Okachimachi e sua “feira livre” na época de Iranianos, levados ao Japão no início dos anos 80 para suprir a falta de mão de obra, em particular na construção civil. Muitos foram trazidos em esquemas parecidos aos “gatos” no Brasil, sem registro ou garantias. Muitos depois viraram massa de manobra da máfia, outros vendiam roupas trazidas da China, também produtos eletrônicos no meio da praça.
A larga avenida central de Akihabara denuncia sua poluição visual de enormes placas de lojas de venda de produtos eletrônicos. Lá é uma espécie de Santa Efigênia de São Paulo, só que em larga escala e imensa diversidade.
Tudo que se pensar em produtos eletrônicos ali se encontra, lojas como a Laox, uma das maiores e famosas, com seus 15 andares de vários departamentos, Áudio, vídeo, TVs, câmeras, Notebooks, PCs. Realmente você se perde naquela imensidão de coisas. Para cada câmera tem 30, 40 modelos, diferenças mínima, preços, qualidade. Já naquela época tinha vendedores que falavam português em alguns andares, que muito ajudava na hora da escolha dos produtos.
Ir a akihabara é chegar pela manhã e só sair de lá à noite, ver aqueles letreiros os painéis de alta definição, um mundo de gente indo e voltando, uma cidade digital, um sonho para quem curte alta tecnologia, uma coisa que se deve atentar, linhas novas de produtos, são lançadas quase mensalmente, a linha anterior tem queda grande de preço, muitas vezes as atualizações são imperceptíveis.
III – Tókio Station e Hibiya Park
A imponente estação de central de Tókio é em estilo Inglês, prédio lindo, em tijolinhos aparente no lado externo, e dentro uma maravilha de controle tecnológico das centenas de tráfego das mais diversas linhas de trens: urbanas, intermunicipais, interestaduais, articulação de trens regionais com os modernos Shinkansen, convivendo nas diversas plataformas.
Próximo a esta estação fica no meio caminho ao palácio imperial o Hibiya Park, uma jóia incrustada no meio do asfalto, prédios modernos. Aquele pequeno parque é um lugar singular de reflexão, de equilíbrio dos seus jardins de pedras e flores no melhor estilo da arte Zen.
Certa vez vi um cidadão tirando fotos de flores lindas, ele demorou cerca de 30 minutos apenas para ajustar o perfeito ângulo, realmente ele entrou em comunhão com o lugar, de calma, paciência e contemplação.
O majestoso relógio de flores é uma atração à parte, próximo a sua bela concha acústica, aquela flores cuidadosamente aparadas, você olha uma a uma e não percebe a menor diferença de tamanho ou coloração, é de arrepiar tanta precisão e beleza.
Li com atenção seus textos e me permito perguntar se você conseguiu gostar do Japão ou só se surpreender com ele. Tem vontade de voltar , de rever , de viver este tempo de novo?
Já estive no Japão ,não por muito tempo,conheci algumas coisas além de Toquio, fui para Aomori e para as estações de inverno do Norte. Não consegui me emocionar , nem ter vontade de voltar. Apenas gostei.Gostaria de saber por que.
@sulains
Meu sonho é ir ao Japão,estou aprendendo a língua.Quero morar lá e casar com um japonês!!!kekeke