“Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma”.
(Invictus – William Ernest Henley)
Morreu um cara por quem tinha profunda admiração, Nelson Mandela. Silêncio e paz por ele, pois cumpriu plenamente sua missão em vida. Um verdadeiro homem iluminado, que passa pela terra de vez em quando e nem importa em que local nasceu ou viveu, por suas nobres ações, em defesa de seu povo, naturalmente vira referência para todo humanidade. É aquele tipo de ser que nos faz acreditar na vida, na justiça e na possibilidade um mundo melhor, mais igual e irmão, pois para eles o impossível não existe.
No meio de milhões de homenagens que serão feitas ao líder Mandela em todos os lugares da terra, a minha é apenas mais uma, o que direi ao mestre é que agradeço o seu exemplo, sua retidão e seus valores, pois ele nos inspira e nos guia pela vida. A longa vida, 95 anos, quase um terço foi no cárcere e dois terço dela sendo perseguido pelo Apatheid, o regime de exclusão fascista, imposto pela burguesia branca aos negros da África do Sul, nada muito diferente do que faz nos EUA ou no Brasil, por exemplo.
Mandela, já envelhecido, saiu da prisão e teve a missão de reunir o país dilacerado pelo ódio, apenas um ser com tamanha capacidade de entender o todo conseguiria levar em frente a missão impossível, seguir em frente, mudar o estado de coisas e não se deixar levar pelo ódio ou pela vingança, o que seria compreensível diante de tudo pelo qual viveu até ali. Ao contrário, Mandela olhou para frente, perdoando sem esquecer, como ele repetia frequentemente. Muitos virão isto através o filme Invictus, resenha aqui (Invictus?)
Mesmo tornado um ícone midiático, um símbolo de uma luta e de um povo, o exemplo de Mandela não muda em nada o perfil da mídia e seus barões no mundo, aqui no Brasil em particular, hoje todos deram capa e manchete lamentando a morte dele, mas sem jamais rever os seus ódios às lutas que Mandela travou em vida, pois o lado dele era a Esquerda, jamais será associado aos valores neoliberais, podem tentar suavizar, falar em “conciliador” (o Globo) ou que era “símbolo contra o ódio” (Estadão), mas Mandela não defendia os valores mesquinhos do Capital.
Mandela vai permanecer vivo na consciência daqueles que lutam por justiça e dignidade, não importando o país ou lugar na terra, isto ninguém mudará, não conseguirão canonizar e tirar a verdadeira força das mensagens do grande “Madiba”. Que vá em paz e muito obrigado, Nelson Mandela.