Arnobio Rocha Tecnologia IOT – A Internet das Coisas (5G)

IOT – A Internet das Coisas (5G)


Nunca o futuro esteve tão perto de nós...saberemos usar para o bem?

Nunca o futuro esteve tão perto de nós…Saberemos usar para o bem?

“A vida humana não dura mais do que a contagem de um.” (Hamlet – W. Shakespeare)

Três anos atrás fiz um post discutindo a chegada ao Brasil da 4G (4G e as Gerações da Telefonia Celular), em que tentei demonstrar que a revolução da telefonia celular foi algo espetacular, em que se alcançou voos surpreendentes, em tão pouco tempo, mesmo que pensemos que ela falha muito, nem sempre cumpre plenamente o prometido, mas é inegável como ela mudou nossas vidas.

Agora nos preparamos para algo muito superior, inclusive superando à nossa capacidade de imaginação, estamos no limiar de chegada da IOT (Internet Of Things), a Internet das Coisas, um mundo fantástico de comunicações e interligações que vão mais uma vez revolucionar nossas vidas, mudar nossos conceitos sobre interação humana.

A IOT, essa sigla será extremamente popular em breve, ou qualquer outra que a substitua eventualmente, é o novo eldorado da indústria eletrônica. Sinteticamente estamos falando de que todos os equipamentos que temos em nosso cotidiano estarão ligados à internet. Com amplo uso em qualquer lugar ou a qualquer instante, não se limitando aos já incorporados Smartfones, tablets, notebooks ou smartTVs.

Por exemplo, sua geladeira (freezer) terá uma tela de LED, com ultra definição e que estará conectada por wifi a sua rede de internet, você poderá controlar todos os produtos comprados e acondicionados, além de poder ter suas receitas e dietas ali em tempo real, podendo ainda ver seus canais de TV ou de entretenimento enquanto cozinha ou lava os pratos.

A tela do seu espelho de banheiro também pode comportar um sistema integrado de TV/Internet para que não se perca um só instante algo que está se assistindo, mas precisa-se ir ao banheiro (escovar os dentes ou fazer o número 1 ou 2). Quem vai hoje ao estádio do Corinthians, por exemplo, tem nos espelhos dos banheiros, telas internas que mostram as imagens do jogo ou dos vestiários do clube, além de informações sobre os jogos, tabelas e estatísticas.

Mas a maior revolução promete ser nos veículos, tantos os individuais, quanto nos coletivos. Os carros inteligentes, com “piloto automático”, com autonomia em rotas e decisões de melhor percurso, ao mesmo tempo em que os usuários podem ver TV ou acessar e-mails, chats, mensagens sem se preocupar com uma colisão por distração.

A IOT será realidade por volta de 2020, com 50 bilhões de “coisas”, objetos, conectados à internet, numa rede jamais vista. Em 2030, a projeção é que se chegue aos 600 bilhões de “coisas”. Imaginando uma população não superior aos 10 bilhões de habitantes, teríamos algo como 60 tipos de acessos por pessoa. Hoje a média é de 2 objetos de uso pessoal acessando à rede. O controle de portas, luzes, torneiras, interruptores, praticamente tudo será ponto de acesso à internet.

Obviamente que há enormes riscos de saturação, de excesso de tecnologia, mas, ao mesmo tempo de grande possibilidade conforto, de aproximação e de que melhore a vida, os serviços públicos e sociais, pois a gama de acessos e aplicações serão imensas.

A geração de oportunidades de trabalho será diversificada e com mudança extrema no uso do trabalho braçal, manual. A introdução de robôs e máquinas mais inteligentes será uma realidade em muito em breve, abrindo possibilidade de uso cada vez maior práticas e trabalhos intelectuais e voltadas ao conhecimento.

Uma nova rede de infraestrutura de comunicações está sendo criada em laboratórios, com incríveis velocidades, em especial a 5G (Quinta Geração de Telefonia Celular), que está em pré-testes, com expectativa de atingir até 20Gbits, hoje a velocidade máxima é de 100 Mbits, um crescimento exponencial. Em recente teste, no Japão, houve uma transferência de um filme completo, em Ultra HD, em 5 segundos, fim a fim.

A questão vital para a IOT e 5G é latência, o tempo de reação a um comando, por exemplo, o piloto automático do carro tem que funcionar em sincronia com suas câmeras internas e com as redes inteligentes de sinais, com tempo nunca superior a 2 milésimos de segundos. A própria concepção de um carro inteligente vai mudar a indústria automobilística. Sabe-se que empresas, como Google, Apple, Microsoft e Samsung, líderes de Smartfones, estão indo para produção de sistemas para esses novos veículos, dentro da concepção de IOT.

O futuro estará aqui bem perto, uma coisa importante a mais, é que, aqui no Brasil, ao contrário das outras gerações de celulares, o país estará em linha com a introdução dessas tecnologias. Na Rússia em 2018, terá as redes 4,5G ativas. As olimpíadas de Tóquio, em 2020, será o palco principal para 5G e para IOT. Em 2017, Japão e Coreia do Sul testam os primeiros sistemas de 5G.

Algumas coisas vão sumir, da forma que funcionam hoje, sistema de TV com grades fixas, pois haverá uma desagregação de canais muito mais radical do que os de TVs a cabo, com produtos mais próximos de Youtube, Netflix, VOD etc. A própria mídia tradicional será varrida com seus jornais físico ou de TVs, não haverá espaço para esse setor “cativo”. A industrial musical e entretenimento também terá que se reinventar diante da mudança de comportamento geral.

É um novo e alucinante mundo, que viver verá, ou não? A dúvida é a mesma de sempre: Saberemos usar para o bem comum, ou vamos usar para manter os 1% no controle de tudo?

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