Arnobio Rocha Tecnologia Tecnologia e a Viagem Onírica

1794: Tecnologia e a Viagem Onírica


Tecnologia e Viagem Onírica

Esta madrugada tive um sonho incrível que misturava tecnologia com referências culturais minhas, num ambiente surreal de um mundo fantástico, com todos os avanços científicos, com realidade e inteligência artificial, o lugar era uma cidade/laboratório chinesa.

Um pequeno recuo, nos anos 80/90 ao se pensar em alguma inovação e realidade high tech, a primeira coisa que vinha à mente era o Japão, que parecia navegar sozinho nessas grandes (ou pequenas) invenções. Era de lá que se esperava as maiores novidades, Tóquio era como uma meca de tecnologia e futurismo, era o centro de todas criações e design arrojados, miniaturizados.

Por dez anos trabalhei num grupo tecnológico japonês, entre 1989 e 1999, tive a oportunidade morar lá entre junho e novembro de 1996. Aquilo para mim era quase um sonho, estava ali, num outro mundo, um cara saído de uma minúscula cidade do Ceará, flanando pelas ruas de Tóquio, olhando as lojas de Akihabara, aqueles luminosos e barulhos de gente correndo.

Andar e admirar os prédios e as vitrines de Shibuya com os imensos painéis de led, com definição absurda, para época. Visitar Ginza, as feiras de Shinjuku e Harajuku, tudo parecia irreal, e era um encanto, uma vontade de entender a língua e o significado de tudo aquilo.

Naquela época já podia se notar que algo estava acontecendo, o Japão começava a ceder espaços para os tigres asiáticos (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan), e havia um enorme medo do gigante que acordava com todo seu poder, a China.

A Revolução tecnológica da China, em menos de 15 anos, em que passou de mero fornecedor de mão de obra barata e chão de fábrica, para disputar a primazia tecnológica do mundo. É absolutamente espantoso o avança chinês, como as cidades se adaptaram, as empresas, as escolas e as universidades que forneceram cérebros e formaram os laboratórios experimentais, do que há de mais avançado em pesquisa e desenvolvimento.

A China suplantou o Japão e disputam com a Coréia do Sul quem é a vanguarda das inovações tecnológicas, em quase todas as áreas, especialmente na tecnologia do mundo de comunicações celulares, a 5G é a fronteira de um mundo novo, do ponto de vista tecnológico.

A viagem onírica era justamente nesse meio, todos meus anos em telecomunicações e tecnologia me levaram a uma cidade, como se fosse um laboratório que parecia virtual, ao mesmo tempo que as pessoas se materializavam de forma real.

Num dos trechos havia um piloto de fórmula 1 criado nesse laboratório para derrotar Ayrton Senna e Michael Schumacher, entretanto ele não se concentrou no plano e estava na esbórnia, era parecido com James Hunt, o playboy piloto. A punição foi ser “apagado”, outro deveria ser criado.

Duas mulheres catavam lixo reciclável nas ruas daquela cidade, juntas criavam um boneco plástico, a mesma mulher que estava com  “Hunt” é mandada para recolher o boneco. Ao receber ela fica de cócoras e faz xixi nos pés do boneco, que vai se transformando num novo piloto, como se ela se redimisse do “pecado” de ter desvirtuado a criatura anterior.

Ali do ponto de minha observação, sou puxado para dentro da cidade, na verdade num prédio onde uma nova geração de centrais telefônicas ou agregador de roteador estava sendo criado, por uma impressora 3Ds, ao mesmo tempo que o software estava sendo criado numa linguagem, como se fosse a criação de J.R.R. Tolkien.

Os cientistas me explicavam o funcionamento do equipamento, que deveria testar, num idioma que era automaticamente traduzido para o português, assim como minhas respostas eram entendidas em Mandarin, algum tipo de comunicador invisível, ou algo implantado que fazia a comunicação sem erros.

A experiência de sonho era tão real, tão próxima que acordei com ele ali vivo na mente, pensei, achei o tema de hoje, aqui, nem deu tempo, um deputado foi preso.

A realidade supera os sonhos!

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