Arnobio Rocha Reflexões O “Ser” Pai.

O “Ser” Pai.


Um dia, no passado…Obrigado, meninas

Meu pai se foi, tem três anos, incrível como passou rápido esse partida. Meus avôs, paterno e materno, também se foram, cumprindo a dialética da vida deles se cumpriu, os filhos os levaram para última despedida. Os nossos dias dos pais, sempre são de lembranças boas de nossos amados velhos, começando pelos nossos avós e continuando com meu velho.

Nossos avôs foram figuras gigantes, dentro do contexto das famílias Lopes e Rocha, a linhagem seguiu boa, com meu pai (e minha mãe), o que nos deu uma enorme responsabilidade, a mim e aos meus irmãos, levar em frente a capacidade de amar, ser presente e passar uma mensagem de vida, de solidariedade, de acolhimento e de bom humor, que caracterizavam aqueles personagens.

A vida me permitiu ser pai de duas grandes mulheres, com certeza absoluta, melhores do que sou, a Mara é a maior protagonista dessa maior qualidade. Contribuí, de certa forma, para que Letícia e Luana, sejam o que (foram) são, pois sempre as amo (amei) de forma incondicional, sem esperar retorno, assim, elas tiveram autonomia em saber amar, sem se preocupar com a retaguarda.

A ideia de ser pai assusta por tudo que envolve, especialmente se sabemos o quanto de responsabilidade estamos assumindo, a maior delas, criar os(as) filhos(as) para o mundo. Somos apenas meio, a vida deles seguirá, por elas(es) mesmas (os), suas escolhas, seus valores e suas aventuras, seus amores e dores. De minha parte é entender como posso participar, se elas assim o quiserem.

As duas mulheres aqui são diferentes e complementares, Letícia era mais cerebral, contida, enquanto Luana é pura emoção.

Impossível distinguir o amor, mas a enorme felicidade que tenho por elas existirem, ainda que uma, já seja em memória.

Assim, por essa memória, você descobre um outro lado da paternidade, o medo de perder, acaba por se tornar maior do que o de você faltar, pois a lógica da natureza, quando se inverte, causa um pânico terrível, uma dor inigualável, nada pode ser pior do que essa ausência, nada. A vida muda radicalmente.

A Luana é nossa fonte de vida, de inspiração, de nos fazer querer continuar, de nos surpreender com seu talento, sua graça. A vida deve seguir e ela nos devolve a razão.

Saudades, Seus Raimundos, Seu Pedro.

PS: eu era o Balu, das duas.

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