Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0: Desafios do Brasil

338: Crise 2.0: Desafios do Brasil

 

 

A construção desta série Crise 2.0 tenho prucurado, em regra,  sempre escrever meus posts integralmente, com raras exceções publico alguma matéria que não seja minha, pelo menos em boa parte dela, faço referência às fontes, citando parte de textos alheios, pois não foram feitas para este blog. Como poderia reproduzir um texto, por exemplo, de Paul Krugman ou Matin Wolf? melhor buscar os trechos que embasem nosso raciocínio, que ajude a dar amplitude a uma ideia.

 

A questão do Brasil tenho tratado aos poucos, para dar uma opinião mais balizada, buscando entender avanços e retrocessos econômicos, força e fraqueza, alguns posts estão sedimentando minha visão, espero que este ajude um pouco mais, estes outros artigos, fazem parte deste caminho:

  1. Crise 2.0: Dilma nos EUA
  2. Crise 2.0: Questões do Brasil
  3. Crise 2.0: Momento Brasil
  4. Crise 2.0: Tsunami Monetária

 

Questão Brasil:  Financial Times

 

Ontem no Radar Econômico do Estadão, de autoria de Sergio Guedes Crespo, ele reproduz trechos de uma matéria do Financial Times sobre o O Brasil. O post é muito bem escrito, assim como o texto original, vou destacar algumas partes e indicar que leiam integralmente aqui Classes A e B são nova aposta no Brasil, diz ‘Financial Times’. O artigo é revelador, pois traz um gráfico conciso do que mudou o Brasil, desde o início do Governo Lula, a mudança de paradigma econômico, agora com  reflexos sociais mais claros.

 

“Depois do forte crescimento da chamada “nova classe média” no Brasil, agora é a vez de os estratos A e B chamarem atenção de empresas nacionais e estrangeiras, segundo uma reportagem doFinancial Times.

A classe C, definida nesse contexto como as famílias com renda mensal entre R$ 1,734 e R$ 7.475, cresceu 60% entre 2003 e 2010 e deve aumentar mais 12% até 2014, segundo o economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Bargas.

“Mas mais impressionante será o crescimento das classes A e B”, diz o FT. O perfil das pessoas desse grupo, no qual a renda familiar é maior que R$ 7.475, é mais parecido com o que os países ricos chamam de classe média e alta, observa o jornal.

No Brasil, o número de pessoas na camada A/B deve chegar a 29 milhões em 2013, o dobro do que havia em 2002, segundo Neri. A expectativa é de que esse estrato cresça mais rapidamente nos próximos anos, relata o jornal”.

 

Agora vem o gráfico chave da matéria, tanto do FT como do Estadão:

Financial Times

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A primeira leitura deste gráfico é assim definida pelo FT: “Diferentemente da China e da Índia, a história de crescimento do Brasil tem mais a ver com a redistribuição de renda do que com rápida expansão econômica”. Estas duas linhas sintetizam muito bem o que acontece no Brasil, qual a linha perseguida pelos governo de Lula e agora de Dilma. Nossa maior ganho, não foi certamente o crescimento chinês, mas a substancial melhora nos indicadores sociais. Alterar uma ordem vigente não é simples ou rápida, mas pode ser feita.

 

As mudanças também no aspecto político são assim descritas: “Há um tsunami político vindo para o Brasil”, disse Chris Garman, diretor do  Eurasia Group, maior empresa do mundo de análise de risco político. Complementa ainda “O crescimento do grupo de pessoas mais bem educadas e com mais poder econômico está mudando o tecido político e social brasileiro”.

 

Desafios Locais: A Democracia

 

Às vezes me pergunto – Quando cairá a “ficha” dos analistas locais? parece que nunca, movidos pelo ódio político-ideológico, umbilicalmente ligados aos eternos “donos do poder”, são incapazes de compreender/analisar o novo Brasil( Economistas ou humoristas ). O que, para mim, acaba atrasando a construção mais rápida de um concesso político, uma agenda, para que o país entre definitivamente em outro patamar. É fundamental que os novos agentes sejam representado e possam se constituir como elemento dinamizador de uma nova época.

 

A democracia é um processo custoso, em que se precisa amarrar fio a fio os acertos políticos, passado, presente e futuro, a busca de uma maioria política e social, construída com bases programáticas que rompam com as mazelas históricas, que se negocie saídas justas e perenes. Alguns falam que a China fez, é verdade, mas, a que custo? O processo de construção é autoritário, Brasil tem oportunidade de fazer diferente. Mas parece que tanto à Esquerda, mais ainda à Direita, só enxergam a “força” como forma de ir em frente.

 

Mesmo parecendo lento, alguns largos passos foram dados, podia se dar muito mais e maiores, é verdade também, mas, o mais importante é que não se retroceda, se caminhe olhando para frente, enfrentando cada embate, dentro do jogo democrático, buscando novos campos e alternativas. A impaciência, pelas mazelas históricas, não pode ser a questão que limite, ou não se reconheça os avanços, deve-se cobrar mais, pedir mais, mas, com o entendimento do se conseguiu, em menos de uma década, sem ruptura política e institucional. O Brasil virou referência, tem que aproveitar e efetivar mais mudanças.

 

 

 

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0 thoughts on “338: Crise 2.0: Desafios do Brasil”

  1. Redistribuição de renda é tudo o que PIG, classe dominante antiga (e quase deposta) e conservadores em geral odeiam. Os votos do STF na quinta-feira retratarm bem a casa grande brasileira. Mudar a cabeça desse povo vai demandar gerações, na minha humirde.

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