Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0: De onde menos se espera,nada vem

177: Crise 2.0: De onde menos se espera,nada vem

 

 

David Cameron

(Photograph: Dominic Lipinski/AFP/Getty Images)

O ambiente anda nervoso no velho continente, a Crise 2. 0 avança, mesmo depois da reunião de Merkel e Sarkozy, que prometeram, sem a mesma pompa de 1992,“Refundar” a Europa e salvar o Bloco Europeu. As bolsas, o agente visível ou invisível dos “mercados” sobe, mesmo que nas internas digam, “só temos a esperança, não fatos”.

A próxima sexta, dia 09 de Dezembro, é aguardada com grande expectativa, pois na nova cúpula do bloco europeu efetivamente as propostas feitas pela Alemanha e respaldada pelo sócio menor, França, serão apreciadas pelos 27 membros do Bloco e em especial pelos 17 da Zona do Euro.

O histriônico Durão (Molão) Barroso, apressou-se para garantir que as propostas dos chefes em 4 ou 5 meses seriam facilmente assimiladas pelo parlamento europeu, a sua sabujice e pouca importância, dão nos a certeza do atual estado de coisas naquilo que se transformou o comissariado europeu, o rodízio de líder calhou de cair nas mãos de um personagem mais do que ridículo, pequeno e medíocre.

Atravessando o canal da mancha é que parece se formar a oposição aos planos de Merkel e Sarkozy, segundo o The Guardian o primeiro ministro britânco, David Cameron, aumenta o tom das críticas, inclusive se alinhando com os Eurocéticos. Mas deixa escapar o seu motivo principal: Salvar a City London, seu sistema financeiro. “Eu não vou assinar um tratado que não tem essas garantias nela, em torno de coisas como a importância do mercado interno e serviços financeiros”, disse ele à BBC.

Ainda no The Guardian podemos constatar as imensas contradições da posição britânica, um deputado conservador, Stewart Jackson, foi direto ao ponto A idéia de que a solução para uma crise da dívida soberana é a união financeira e política voa na cara da realidade e o veredito fulminante dos mercados”.

 

“Amigos” Americanos

 

 

Mas eis que surge um personagem de mais longe, nosso velho conhecido, para quem lê esta série desde o começo: Timothy Geithner, Secretário do Tesouro Americano, este jovem Yuppie era Presidente do Banco Central de Nova York, se juntou a Ben Bernanke, Presidente do FED, e Henry Paulson seu antecessor no Tesouro para conduzirem a mais desastrada e custosa operação de resgate dos bancos americanos, que causou a quebradeira generalizada em 2008, além de prejuízo que soma cerca de 2 Trilhões de dólares. Mesmo assim este jovem burocrata foi premiado com o cargo interno mais importante do Governo Obama, o tesouro. Só perde, em importância, para Secretária de Estado.

Com sua larga “experiência” na atual crise, Geithner, fez coro com as agências de riscos para pressionar ao UE a aprovar a União Fiscal, pois “a crise pode contaminar a economia mundial com um todo”. Claro e preciso. Em Berlim, nosso desastrado amigo, não faz questão de palavras suaves “todos os olhos do mundo estavam hoje sobre a Europa” e que as reformas de aperto fiscal são fundamentais “estou na Europa para enfatizar como é importante que haja um acordo para os Estados Unidos e para Economia Mundial”. Será que falta alguém na Europa que refresque a memória dele e lhe lembre seus feitos e de seus pares naquele fim de verão de 2008? Ali tão perto, mas já esquecido.

Aliás, tipos como Geithner e Bernanke explicam o desastrado Governo Obama, no front interno. E a indefectível prima donna Hillary Clinton o fracassado plano externo. Este cozidão que mistura herança do Governo Clinton, somados aos burocratas agentes do Mercado herdados de Bush II, não poderia oferecer nada de novo ao povo americano.

Mas no fundo, é impossível entender os EUA e seus governos, sem saber como funciona a dupla porta FED/Tesouro e Goldman Sachs, pelo menos desde 1981 com Reagan, este é “verdadeiro” governo dos Estados Unidos.  Quem não viu assistam a dois grandes filmes: Inside Jobs e “Grande demais para quebrar”.

A atual crise europeia os funcionários do Goldman Sachs estão em relevo, dois de seus funcionários estão em cargos chaves,  Mario Monti(que não é Belo) e Mario Draghi, que foi vice-presidente do Goldman Sachs para Europa. Lucas Papademos, não foi funcionário, mas um ativo defensor na Grécia dos Swaps comandados pelo Goldman Sachs. Ver Goldman Sachs presente demais nas instituições e governos europeus (euronews)

Por trás das cortinas o mundo não é cinza, é Gold Man, é Sachs…

 

 

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0 thoughts on “177: Crise 2.0: De onde menos se espera,nada vem”

  1. É, são uns crápulas. Mas começo a achar que se os EUA não saírem do atoleiro logo a Europa afunda mais feio ainda, porque o lastro deles nem se compara (vimos isso naquele pequeno gráfico que você mostrou num post tempos atrás, mas não consegui achar). Tudo preocupante demais, PQP.

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