Arnobio Rocha Esportes Brasil 1(3) x 1(2) Chile – Que a Emoção não nos Mate.

Brasil 1(3) x 1(2) Chile – Que a Emoção não nos Mate.


Júlio César - O Herói das Oitavas, choro e emoção.

Júlio César – O Herói das Oitavas, choro e emoção.

 

Aqui quem fala é um apaixonado pelo Brasil, antes e acima de qualquer coisa, no futebol materializamos toda a relação amor e paixão pelo nosso país e é inescapável que todos os sentimentos aflorem ao escrever, portanto não me peçam a racionalidade, necessária, para analisar os jogos, seria um contrassenso ao que me move e me instiga, vejo os jogos com toda intensidade e com os nervos à flor da pele, não seria diferente, uma partida como a de ontem, torturante por mais de 80 minutos.

Vou precisar de uns quatro dias para baixar a adrenalina de hoje, até 3 doses de Uísque tomei após o jogo, coisa impensável para mim. A Seleção do Brasil jogou bem até os 35 do primeiro tempo, fez um gol, jogou no campo adversário, criou algumas boas chances, mas num lance fortuito levou o empate, sem que antes o Chile tivesse dado qualquer chuta a gol, lembremos. A partir daí se perdeu, e foi mal no segundo tempo inteiro, as entradas de Jô e Ramires, nada acrescentaram.

Melhorou na prorrogação, pois o Chile abdicou do jogo, queria levar para os penais, percebendo que a emoção e o pânico poderiam facilitar as cobranças, porém quem realmente mais tremeu acabou sendo o próprio Chile, com Júlio César brilhante, garantido duas defesas sensacionais. Aqui não cabe dizer se houve ou não justiça, futebol não é muito dado a este tipo de sentimento. Nem que Deus é brasileiro ou estrangeiro, apenas fomos mais competentes nos pênaltis, nada mais que isto, não foi épico, mas sim emocionante.

Vejo muito exagero nas análises, já estamos entre os oito melhores do mundial, podemos e vamos jogar melhor, sem espetáculo, mas com eficiência e decisão. A mídia foi derrotada no boicote à Copa, agora deseja ardentemente a Derrota da Seleção, estão detonando-a como se já tivesse eliminada. Aliás, esta mesma mídia cobra uma qualidade da Seleção e do Brasil que ela mesma não tem, é um conjunto de mediocridades arrotando saber, mas não conseguem produzir nada além do comum e usual, como podem se arvorar no direito de exigir dos outros, aquilo que não se tem?

Ao contrário de Paulo Vinicius Coelho, da ESPN Brasil, a quem respeito, aliás, um dos poucos da emissora, portanto, não acho que o “Brasil perdeu o jogo e ganhou a Vaga”, este tipo de afirmativa, pode servir para emoldurar texto, mas reduz a realidade, uma visão de que a vitória é feia, como se não tivesse havido vitória, ou uma volta ao famigerado “campeão moral”, ou a seleção de 1982, não “ganhou, mas venceu”, o que não é verdade, quem ganhou e venceu foi a Itália. Para nossa sorte, não jogamos sozinhos, existe o outro lado e devemos respeitá-los, independente da nossa condição de grande vencedor.

Peço aos meus amigos e leitores que não entrem na “pilha” e no  desespero, que é o sentimento da mídia, mesmo com uma série de grandes problemas, confiemos no Felipão, é um torneio curto, em que a união e a confiança está acima de qualquer coisa. A saída de Luiz Gustavo pode ser a oportunidade de uma mudança mais radical no meio, mas é o treinador quem deve processar e ter sensibilidade de fazer, torçamos para que haja com sabedoria e intuição, às vezes uma única mudança de peça, dará o encaixe perfeito..

Os defeitos sabemos, mas precisamos mediar a realidade, lembrar que ontem, Neymar, nosso único fora de série, se contundiu aos 5 minutos de jogo, jogou mancando, virou presa fácil para chilenos. Que fizemos gol mal anulado. Outro ponto é que a fragilidade da marcação na direita, avenida Daniel Alves, detonou Paulinho nos primeiros jogos, agora Fernandinho, pois ninguém ali pode subir muito pelos riscos que se pode correr. A ligação direta, defesa ao ataque, é reflexo dos volantes presos na defesa e da pouca mobilidade de Oscar, muito tímido, ainda não encontrou no Mundial, apenas uma boa partida na estreia.

Por fim, a questão da obrigação de vencer, vejo uma enxurrada de críticas como se os rapazes não fossem humanos, não sentissem o peso de representar os milhões de brasileiros, aquele calor de um estádio lotado, gritando por eles. É preciso domar a emoção e relaxar, entender que vencer ou perder faz parte, o melhor é se divertir e dá alegria jogando, as maiores cobrança veem justamente daqueles caras que JAMAIS deram um único chute numa bola, nem têm ideia das imensas sutilezas de um toque, da visão à frente, do que se faz ou não em determinada jogada ou situação da partida.

Livremos-nos das aves de mau agouro e sejamos felizes.

#VaiBrasil

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