Hoje é sexta, dia de música no blog, também é sexta de carnaval, claro que a homenagem de hoje é a maior festa pagã do Brasil. Tenho ótimas lembranças das festas, principalmente dos salões de clubes, do mela-mela na rua, da brincadeiras sem fim, sem compromisso, ingênuas e alegres. Ou do nosso bloco, “Mocidade Independente”, lá em Santana do Acaraú, terra do meu avô materno, que tantas vezes passei o carnaval com ele.
As músicas antigas, marchinhas cheia de duplo sentido, ou apenas gozação, sempre fizeram sucesso, na rua ou nos salões de clubes, quase todos nós sabemos de cor e salteado as letras, que grudavam na época de carnaval e se renovava a cada ano. Estive em vários lugares do Brasil durante o carnaval, os mais famosos, como Olinda/Recife e Salvador, ainda terei coragem para ir ao Rio de Janeiro, gosto muito dos sambas enredos, espere que em breve, mesmo porque, hoje, já não pule o carnaval, no máximo levo as meninas para matinês em São Paulo ou vendo algumas escolas de samba pela TV.
Em 1990, estava trabalhando num projeto em Campina Grande, Paraíba, coincidiu que o final seria na semana de carnaval, foi a chance de ir a Olinda/Recife e passar o período por lá. Foi algo mágico, cheguei na sexta, vi o Galo da Madrugada, depois as noites em Olinda, ali pelo “Quatro Cantos” como dizia a música, “nos quatro cantos cheguei, e todo mundo chegou”. Tenham certeza, não era exagero, ali cabia todo mundo mesmo, de todo lugar do planeta, encontros inusitados e alegres, uma coisa inesquecível. O frevo rolando em todos os lugares, as marchinhas e os bonecos gigantes, tudo tão original e lindo.
Cinco anos depois, em 1995, fui a Salvador, a explosão do carnaval da cidade para o mundo aconteceu no final dos anos 80, a febre dos imensos trios as novas atrações, a onda “axé”, mas com uma qualidade bem superior, do Olodum em plena rigor, lembro quando ouvi os tambores vibrando fiquei arrepiado, meu coração batia tão forte com o som cadenciado, totalmente diferente do que já tinha ouvido na vida. Os tradicionais Filhos de Gandhy e o impacto visual das roupas brancas, fui até o Curuzu para vê-los. A Timbalada que surgia, sem os maneirismo e afetações, tão originais. Em 2001, estava em Salvador a trabalho, preferi ficar bem longe do carnaval, a queda de qualidade era mais que visível.
Mas o que recordo com muito carinho foi em 2000, a Letícia, minha filha tinha 2 anos e meio, fomos a Florianópolis, de carro, uma loucura, estávamos num grupo, três carros, uma folia na viagem , aquele congestionamento monstro e nos divertido. A Letícia aprendeu a música “Máscara Negra” e cantava para nós, era tão lindo, gravei depois, salvei por muito tempo nos meus arquivos, até que sumiu, mas ficou na memória afetiva, conversando com ela hoje, diz que nem lembra disto, pena que não posso mostrar.
Vamos ao carnaval?
Dalva de Oliveira – Máscara negra (de Zé Kéti e Pereira Mattos)
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Hino do Elefante e Nos 4 Cantos – Alceu Valença
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Olodum – Faraó Divindade Do Egito
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Beija Flor 1986 – O Mundo É Uma Bola
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EXPLODE CORAÇÃO – SALGUEIRO
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Estácio de Sá 1987 4/12- O Ti Ti Ti do Sapoti
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IMPÉRIO SERRANO – LENDA DAS SEREIAS, MISTÉRIOS DO MAR
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