Foto: EFE
A série sobre a Crise 2. 0 tem sido pródiga em apresentar alguns personagens que daria mais para comédia do que para tragédia, é impossível não rir com as tiradas malvadas de Merkel em repelir seus confrades, ou a dose de humor com que Sarkozy humilhou Berlusconi, chamando-o de mentiroso.
Mas há outros personagens que parecem saído de contos perdidos, Mario Monti, que não é Belo, é um destes. Desde quando veio à baila achava suas declarações contidamente estudadas lembravam aqueles reis destas estórias que de tão característicos, soam falsos. Ontem foi um primor, ao anunciar o amargo e brutal pacote de austeridade, apressou-se em primeiro dizer que abria mão de seus vencimentos.
Monti, que não é Belo, é apenas um ex-Funcionário do Goldman Sachs e ex-alto representante da UE, imagino que fará uma falta tremenda para seu dia a dia o salário de primeiro-ministro biônico da Itália. Fruto da imposição da dupla Merkel e Sarkozy, este tecnocrata prontamente se apresentou ao sórdido trabalho.
Primeiro apresentou suas credenciais aos seus patronos, na semana anterior, como se fosse apenas um governador-geral de uma província distante. A conferência para imprensa posterior via-se claramente o personagem menor, diante dos seus “capos”.
O plano, como quase todos forjados na atual safra, é de ajuste fiscal rigoroso em especial ataca as aposentadorias de duas formas:
1) Aumenta à idade mínima para se aposentar, mulheres de 60 para 62 e homens de 65 para 66 anos;
2) Congelamento dos proventos em 960 Euros;
Restitui o imposto sob bens de alto luxo como Iates e carros de luxos, que tinha sido abolido pelo Bilionário Berlusconi.
O pacote, aparentemente modesto de 30 Bilhões de Euros, diante da dívida de 1,9 trilhões, mas é apenas uma sinalização ao Deus Mercado de que Monti, que não é Belo, pode e deve fazer, no seu governo biônico.
Como ele próprio deixou claro na reunião com partidos e sindicatos, as medidas eram para “despertar a economia italiana” e que “Esse pacote tem como meta salvar a Itália. Temos entre as alternativas, esses sacrifícios ou um Estado quebrado e o euro destruído talvez pela infâmia da Itália”
Nem o Estadão o leva a sério, Jamil Chade, jornalista que cobre a crise na Europa diz “Mas seu recado é especialmente direcionado ao mercado. Com uma dívida de 1,9 trilhão, a Itália precisa encontrar recursos no valor de 200 bilhões até o início de 2012 para rolar sua dívida. O problema é que, pagando taxas de juros recorde, Roma pode acabar sendo cortada do mercado de créditos e fazendo a zona do euro mergulhar em sérios problemas”.
Mas a coisa digna de nota a ministra dos Assuntos Sociais, Elsa Fornero, que chorou durante o anúncio das medidas. “Juntos, conseguiremos”, afirmou Monti, que disse querer “transmitir uma mensagem de grande preocupação, mas também de grande esperança”. A cidadã chorava, lágrimas de crocodilo?
cretina, cretina, cretina!!!! ai, que ódio!
Se ela acha se condoi até às lágrimas, por que não se demite e tenta viver em Roma com o teto de 960 euros, mais ou menos 1.300 dólares ou cerca de 2.200 reais?
Não entendi porra nenhuma do que você escreveu.
Se ela, a ministra chorona, se comove até às lágrimas, por que não se demite e tenta viver em Roma com o teto de 960 euros, mais ou menos 1.300 dólares ou cerca de 2.200 reais? Entendeu?
Não entendeu o quê? Não viu que houve erro de digitação? Se ela, a ministra chorona, se comove até às lágrimas, por que não se demite e tenta viver em Roma com o teto de 960 euros, mais ou menos 1.300 dólares ou cerca de 2.200 reais?
Monti não passa de estafeta de Berlim e essa Fornero uma coadjuvante, fraca.