Arnobio Rocha Política A Economia e a Política diante da distopia das Redes Socias

2389: A Economia e a Política diante da distopia das Redes Socias


 

Ministro Haddad traz bons números e enfrenta a turbulência da economia mundial.

Respeitosamente discordo, de uma certa crítica, dita “à esquerda”, sobre a condução da economia do Ministro Fernando Haddad (jocosamente chamado de “Andrade”). Sobre os seus resultados da economia, segundos estes, pífios, que não trazem dividendos políticos ao Lula III e explicam a queda de popularidade e um governo travado.

Penso eu, de que não há relação entre as questões.

Os resultados da economia são fundamentais para o Brasil, obviamente, para quem o governa, e, na maioria da vezes determinante para popularidade e viabilidade eleitoral. Mas há questões ainda não resolvidas, como os preços nos supermercados, os salários achatados e uma série de pontos que as respostas são de longo prazo, fora outros tópicos não de Economia, como a Violência, a ruptura social e regional.

Nesse sentindo, assistimos uma outra época política, em que há um divórcio entre Economia e seus efeitos políticos imediatos. Senão vejamos.

Os EUA estão há 21 meses com nível de desemprego abaixo de 4%, a economia cresce constantemente desde 4° trimestre de 2021. Mesmo com tudo isso Biden vai mal, arrisca perder as eleições pra um cara como Trump, com seu histórico de nenhum apreço à Democracia.

Por que isso ocorre???

Entre as hipóteses que acho mais pertinentes, há uma ruptura política de fundo, as forças da ultradireita conseguem limar qualquer resultado positivo, concreto e real, torpedeando, via redes sociais, produz uma contra narrativa mais rápida e eficaz, fazendo sumir os resultados positivos, desviando do tema e/ou desprezando as instituições políticas.

Bolsonaro e Guedes são exemplos de desastre econômico, não apenas na Pandemia, mas o conjunto da  (não) obra  em que não houve nada relevante a apresentar ao Brasil, ao contrário, nada de concreto, o que aconteceu de fato ao final dos 4 anos? Quase foi reeleito.

Com todo respeito, aos que pensam diferente, nosso problema não é o ministro Haddad (ou “Andrade”), ao contrário, diante do CAOS, há uma consistente volta do Brasil, do ponto de vista da economia, então há uma boa condução do coração do governo, da economia.

Por que não se “fatura”, os resultados?

Tratei em outros posts (Winter is coming…A Barbárie!) sobre o fenômeno da comunicação, da narrativa e da questão da hegemonia política e ideológica, dessa quadra histórica. No mais recente falei sobre o masoquismo de muitos militantes têm ao analisar a disputa política nas redes sociais (A disputa das Redes Socias: O Autoflagelo não nos levará ao Paraíso! ).

Há uma autonomização da Política (Ideologia) frente à Economia, numa disputa hegemônica em que a Esquerda está na defensiva, tendo perdido as ruas e as redes, a predominância dos algoritmos controlados e elaborados pelo Kapital, os donos das Redes Sociais.

Vamos em frente, a luta é bem mais complexa e não adianta atacamos o que está funcionando, como a gestão Haddad, por exemplo.

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