Arnobio Rocha Filmes&Músicas O Problema dos 3 Corpos

2378: O Problema dos 3 Corpos


A profunda reflexão ética sobre os destinos da humanidade.

A minissérie Problema dos 3 corpos (Netflix, 2024) traz uma infinidade de questões para discussões de filosofia, ciência, religião, fé, tecnologia, ideologia, consumo, comportamento e, fundamentalmente, ética, sobre conceitos essenciais da existência humana na Terra.

A narrativa não é linear, o que leva um abandono nos primeiros capítulos, são 8 apenas, de 50 minutos em média, que vai continuações, com alto risco de um novo Sense8, que foi brilhante na primeira temporada e desastrosa depois.

Aliás, a Série tem muitas referências em relação às séries Sense8 e Stanger things, alguma coisa de Blade Runner, até mesmo de Game of thrones (talvez por alguns atores comuns). O que demonstra a densidade do texto e da narrativa singular, uma mistura de ficção científica, jogos, inteligência artificial e paradoxos humanos.

Todas estes filmes e séries refletem e trazem uma narrativa comum, sobre existência humana, os parâmetros de vida, e o comportamento frente aos riscos da hecatombe humana, combinada, ainda, com os riscos da destruição do meio ambiente, da natureza, florestas e mar, a urgência climática presente na discussão.

Nesse contexto apocalíptico, de risco de ruptura da vida, ou aventura humana, na terra, leva-nos ao abismo e e normal que surjam questionamentos sobre o modo de vida e valores, o que se sobressai a questão ética, como a conduta pessoal  pode influenciar ou decidir os maiores dilemas da humanidade, em situações limítrofes.

Nesse sentido, iniciar com a “Revolução Cultural” chinesa, longe de nos afastar, ideologicamente, deveria nos fazer pensar sobre os limites de nossas visões de mundo, as questões coletivas e nossas subjetividades, não apenas religiosas, mas de ciência e compreensão da realidade que nos cerca.

Os valores mais caros carregados pela humanidade no seu pouco tempo de existência que os enormes avanços científicos e tecnológicos não podem sobrepor à Ética, aquilo que, em tese, nos distância de outras formas de vida, que dão sentido às razões de nascer, crescer e findar.

Essas discussões trazidas é que valorizam a Série, mesmo com certa irregularidade narrativa, ou saltos, correções, ruptura, do terceiro capítulo, para os demais.

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