Arnobio Rocha Política Lula, a diplomação pela terceira vez.

2221: Lula, a diplomação pela terceira vez.


A diplomação de Lula e Alckmin

Primeiro é preciso dizer que Lula é um ser muito superior, não é normal, uma trajetória absolutamente incrível e inacreditável. É óbvio que a emoção bate forte, pois é um privilégio viver numa época dessas e ter Lula como liderança.

Lula é uma síntese do povo brasileiro, suas origens, sua luta, primeiro pela vida, sobrevivência de retirante nordestino, morador da periferia de São Paulo.

Lula foi forjado no meio do povo, com todas as suas contradições, limites, mas também da sapiência, da ousadia, do líder sindical, que preferia o futebol, o seu Corinthians.

Não obstante, Lula foi colocado no lugar e na hora certa, para liderar as mais importantes greves do país, que puseram à pique a ditadura militar, algo impensável, como aquele “semianalfabeto” poderia liderar não apenas peões de fábrica, mas a classe média urbana e intelectual.

Lula cresceu, fundou o PT, tornou um partido nacional e seu nome correu mundo. Foi candidato nas eleições de 1989, 94 e 98, até que em 2002, se elegeu o primeiro presidente vindo dos de baixo.

Lula fez dois governos cheios de simbolismos e de grande sucesso econômico, social e de projeção mundial. Elegeu sua sucessora, a primeira mulher eleita, Dilma Rousseff. Os altos índices de aprovação, sempre causaram incômodos ao poder real, mesmo Lula não lhe sendo hostil, ele não era aceito e precisava ser destruído.

Lula sofreu a maior perseguição já vista num país democrático, criminalizado, sem direito a voz, finalmente injustamente condenado numa farsa de uma operação neofascista, a lava jato.

Lula foi preso por 582 dias, não pode concorrer em 2018, apenas em dezembro de 2019, foi solto e todas as condenações e processos foram anulados um a um. Lula estava livre e poderia descansar, com toda justiça, mas o país que ele ajudou a ser respeitado no mundo, foi destruído por um golpe em 2016 e depois pela eleição de Bolsonaro.

Lula aceitou e liderou uma ampla frente e por uma grande virada da história, conseguiu vencer tudo, as mentiras, a desconfiança, a sua imagem tão atacada, a derrama financeira feita por Bolsonaro, gastando bilhões e compra aberta de votos.

O verdadeiro ser mitológico, Lula, venceu a mais dura das eleições do Brasil.  Mais uma vez o eterno sobrevivente nordestino, chegará ao governo e enche de esperança.

Sua diplomação é um marco para a democracia brasileira, a luta maior está por vir, em 1° de janeiro de 2023.

Viva, Lula!

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