A acirrada disputa política eleitoral para livrar o Brasil do risco Bolsonaro.
As pesquisas de intenções votos da campanha presidencial estão convergindo para números bem similares, sem grandes distorções, com o ex-presidente Lula em primeiro lugar com variação entre 42 e 46%. Bolsonaro varia de 32 a 34%. Ciro Gomes entre 6 e 9%, Simone Tebet de 3 a 5%. São números da semana, dos dias 29 de agosto a 1º de setembro.
Elas captam o sentimento dos primeiros programas eleitorais de TV, o debate da Band/Uol, o discurso antipetista, pois batem mais em Lula do em Bolsonaro, mas não pegam ainda o significado das denúncias de compra de imóveis com dinheiro vivo da família Bolsonaro, refletem um esforço concentrado midiático de ressuscitar a “terceira via“, dividida em 4 candidatos, que somados, no pico têm 14% de intenções, no ponto inferior, 10%.
Revelam números consistentes de Lula, acima de 42%, mas que não lhe garante uma vitória no primeiro turno, como também não consegue voltar massivamente às ruas, uma campanha superestrutural, de grandes acordos e apoio, mas que não desceu, ainda, pro “play”, para arena que mais caracteriza a vida militante da Esquerda, o debate de ruas, bairros, comunidades, o povo enfim.
Por outro lado, Bolsonaro se consolida com um terço de apoio, sem crescimento esperado. E mesmo com a derrama escandalosa de dinheiro público, orçamento secreto, bilhões disponíveis, auxílio emergencial, auxílio taxista, caminhoneiro, agressiva campanha de corte no preço dos combustíveis, a barreira de intenções, por enquanto, são os 35%.
Ciro e Tebet, tratados com todos os apoios e cuidados pela mídia, ela uma completa desconhecida, estão em crescimento, nesses primeiros dias de campanha, será uma tendência? Qual dos dois renunciaria para formalizar uma terceira via competitiva?
Bolsonaro jogará todo peso no dia 07 de setembro, a grande farsa golpista, uma espécie de tudo ou nada, mas numa correta direção, as ruas, a comunicação com seu público, com os defensores das bandeiras mais reacionárias e que põem em xeque a própria democracia, as urnas e as instituições.
Penso, por outra mão, que essa movimentação do dia 07 de setembro, pode ter o efeito do “Ele Não”, dessa vez contra Bolsonaro. Pode despertar uma repulsa ao movimento golpista e uma consolidação de uma maioria pela Democracia e pelo Estado de Direito, defesa das instituições, o que isolaria Bolsonaro com seu um terço, ou menos, a radicalização pode ter efeito oposto ao desejado.
Quanto à candidatura Lula, não pode sentar em cima do sucesso, até aqui, do primeiro lugar das pesquisas, tem que ajustar a campanha de TV, mídia, a presença nas redes sociais, mas principalmente vir para o asfalto, para terra batida, para o contato com o povo, mesmo com todos os receios de segurança e ameaças.
Às ruas e às Redes, menos de um mês para o grande embate.
Save as PDF
