Arnobio Rocha Política Inflação e Juros, índices mais altos que a Terceira Via

1979: Inflação e Juros, índices mais altos que a Terceira Via


Um país falido, economicamente e socialmente (charge de @janetechargista

Exatamente há ano os juros da taxa SELIC estavam na casa dos 2% ao ano, inflação do ano de 2020, 4,52%, PIB negativo, queda de 3,9%. Uma curva crescente de mortes pela Pandemia, com 200 mil mortos, um país paralisado e com absoluta ausência de governo central, dependendo exclusivamente das ações dos estados e municípios.

Em 2021, a falta de política econômica, foi minando ainda mais o Brasil, o velho liberal, ex-ministro Delfim Neto, dizia que um pouco de inflação não fazia mal a ninguém e poderia ser indutor de crescimento do PIB. Paulo Guedes parece que optou por essa lógica, entretanto, o resultado é desastroso, descontrole geral, inflação oficial de 10,06%, ontem, 03.02, o COPOM, Comitê de Política Monetária, alinhou juros à inflação, subiu de uma só vez, 1.5 percentuais, jogando a taxa SELIC para 10.75%.

Com o crescimento do PIB de 3.9%, é como se o Brasil continuasse em 2018, e não tivesse tido o (des) governo Bolsonaro e Paulo Guedes (aquele que leu Keynes três vezes, no original). O que não causa nenhuma surpresa, o país mergulhou no CAOS, quebra das instituições, mau funcionamento, destruição de políticas públicas e desorganização do Estado, nenhuma inovação ou algo digno de nota, nem na Economia, nem no setor social, um desastre que não pode atribuir culpa à terceiros, ou qualquer entidade fantasmagórica.

É preciso falar da condução criminosa da Saúde durante a Pandemia, antes dela, o Ministro Mandetta já tinha acabado com o “Mais Médicos” e partiu com gosto para desmantelar o SUS, foi abatido em pleno voo, passou demagogicamente a defender o SUS, justamente a maior ferramenta de Saúde Pública do Brasil que, sem o SUS, o número de mortes durante a pandemia seria pelo menos o dobro, dos atuais 630 mil mortos.

É este cenário inflacionário e de juros altos para combater a inflação em que se entra no último ano de Bolsonaro e de Paulo Guedes, a quem a mídia ultraliberal faz proteção canina, um dos seus, que teve a coragem de prestar serviço a um governo de ideologia claramente fascista.

Paulo Guedes vai deixar um rombo no Estado por décadas, desde a venda aos pedaços das Petrobras e de empresas estratégicas, ao fim desse governo miserável, Paulo Guedes, como o horroroso Mailson da Nóbrega, é capaz de virar figura fácil da mídia canalha, aguardem, o Brasil é pródigo em “salvar” esse tipo de gente.

Essa combinação de Inflação e juros altos, apontam para mais uma recessão ou de crescimento restrito, sem ter números a comemorar, reduz o uso de feitos para campanha Bolsonaro, mas não nos iludamos, a máquina federal (a caneta) e máquina de fakenews continuam ativas e nas mãos da família, até cenário fake de uma farofada eles não tiveram pudor de divulgar, tudo ensaiado e preparado para um imundo-presidente parecer popular.

Interessante perceber que a inflação e os juros, se fosse candidatos, estaria na frente, hoje, de Moro e Ciro.

A reconstrução do Brasil será longa e dolorida.

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