1537: 5.0


5.0, vivo e na luta para uma vida digna, acreditando no futuro, mas cada dia vivendo o hoje.

Chegando aos 50, o que devo dizer sobre mim que ainda não tenha dito/escrito, Ou pelo menos indicado nesse espaço? Muitas vezes falar de si, não é desprezar os outros, ao contrário, é dialogar com o silêncio que nos habita.

Os escritos aqui vão desde a minha formação humana, cultural, intelectual, valores, família, tragédias, felicidades, lugares conhecidos, até as opiniões vagas sobre tantas coisas, fruto da vaidade ou arrogância, tratei de temas como filosofia, economia, política, direito, tecnologia, futebol, Corinthians, literatura, cinema, música, assuntos aleatórios e sobre o nada existencial.

Repito meu grande farol, Dante, estou no meio do caminho da vida, na mesma situação dele, na floresta e  encurralado pela vida e pela política, apenas não tenho seu gênio e arte, nem tenho esperança de ter qualquer tipo de eternidade, por grandes ou pequeno feitos. A vida é aquilo que eventualmente sonhamos e que por tantas variáveis, acabamos por nos tornar, compreender isso, foi o mais difícil.

Nesses momentos revejo minha trajetória, não no sentido de me punir, até porque não acredito em nada fora daqui, existências, escatologia e apocalipse. A questão é de crítica e de buscar energias para continuar e chegar ao fim com alguma honradez, nem penso em coerência, essa peça autoritária e nada objetiva de ver a vida, de como cada desafio foi enfrentado e como foi vencido, ou perdido.

Pelas minhas características não costumo fazer juízo de valor sobre as pessoas, nem tão pouco me importo sobre o que dizem de mim, isso é absolutamente secundário para minha decisões e como vou agir. Ouço, respeito, mas não me prendo ao que irão falar quando tenho que fazer qualquer coisa, em regra, usos o cérebro, sigo a consciência e o acúmulo de experiência, noções de humanas e éticas.

Há muito tempo  abandonei o plano de “consertar as pessoas”, concluí que é mais fácil tentar consertar a mim mesmo.

Confesso, não é simples, a soma de erros e imperfeições que temos não nos garante nem que nos tornemos melhores, imagine mudar o curso das pessoas, de povos, de nações. Hoje me somo a processos, aos grupos e debato, aponto ideias, sem impor nada a ninguém, mas batalho pelo que formulo, defendo e aceito o contraditório com tranquilidade, inclusive que pode (na maioria das vezes é) ser melhor que elaborei.

É a constatação duro e real de nosso exato tamanho, uma redefinição de sonhos e do que somos de verdade. Antigas perspectivas ousadas (ou seria autoritária?) de corrigir tudo, mundo, ventos e natureza, vem dando lugar a alguém mais pacífico que quer somar, multiplicar, ao invés de diminuir ou dividir, assimilar o que recebo e transmitir melhor o que constato.

A questão mais complexa da vida é aceitar quais são os nossos limites, quando mais jovens eles parecem imensos, a maturidade vai mostrando que não é bem assim, mas o importante é se manter íntegro, verdadeiro e ético. Conservar conosco os valores morais, políticos e culturais que nos distinguem e nos tornam únicos, sem, entretanto, acharmos que somos maiores ou melhores, apenas somos, nada mais.

Outra questão que não perdemos nestas várias jornadas da vida, em suas diversas fases, é nossa capacidade de aprender, de ler o momento em que vivemos e buscar saber os signos e desígnios da realidade que nos cerca.

À luta e à vida, sempre.

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2 thoughts on “1537: 5.0”

  1. Parabens meu Camarada; Camarada na decência da palavra.
    Nesses anos dificeis que vivemos, precisamos de referencias e pessoas para nos afirmar.
    Muito bom ter voce por perto.
    Parabens, Sucesso e muita Paz.

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