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Quando o segundo Sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrônomos diriam se tratar
De um outro cometa
(Segundo Sol – Nando Reis)
Agora mais uma vez volto ao tema sobre o TEMPO, vida e sua finitude.
Sabemos que vamos findar, em algum momento, aqui sem pensar nas formas, apenas na expectativa normal de que teremos nosso termo final, algo inevitável, assustador (para muitos), ou apenas um dado da vida, a escatologia ajuda (ou não) a compreender/aceitar que haverá um dia final, individual, ou coletivo, quem sabe a redenção dos que foram, nas mais variadas religiões credos, há uma vida, depois outra, inclusive entre seres, coisas, enfim, uma expectativa de continuidade, idas e voltas, no tempo e espaço, não se limitando ao nosso planeta comum, galáxia, sistema solar.
Dito isso, a reflexão é o tempo, sua convenção, que se moldou a divisão “anual”, sua subdivisão de meses, dias, horas, tendo um início absolutamente aleatório, em que instante se marcou que era o marco zero? Sob que lógica e critério?
Em 1582 a Europa normatizou o calendário gregoriano, em homenagem ao Papa Gregório XIII, em substituição calendário Juliano, baseado no sistema solar e que corrigiu algumas distorções do seu antecessor, mas mantendo um marco zero ou dividindo o tempo em Antes e Depois de Cristo, mais uma aleatoriedade baseada numa crença religiosa, então dominante no mundo, imposta aparentemente 300 anos depois do líder judeu que se intitulou por Messias, o filho de D’Us, pelo Imperador Constantino que se convertera ao cristianismo e fez dessa a religião oficial do império.
Enquanto o ocidente (cristão) comemora 2025, os judeus contam o tempo de forma própria, e desde setembro (de 2024) comemoram o ano de 5784, inspirados em documento de suas origens, essas como universais, no marco zero assim escolhido, e seus anos são lunissolares, com 12 ou 13 meses, variando de 353 a 385. Esse calendário tem uma matiz grega, especialmente a introdução do mês intercalar, um sistema que contempla as fases lunares e o ciclo do sol.
Outro exemplo é na China que, por exemplo, a partir de 17 de fevereiro de 2026, entrará no ano 4723 do calendário chinês, o ano do Cavalo, aliás o ciclo e os significados dos anos ou ciclo de anos dedicados aos animais, lembrando que o ano é comporto por 12 meses de acordo com as fases lunares, mas numa combinação com ciclo solar, tendo 354 dias, mas a cada 3 anos, um mês intercalar para sincronizar tempo lunar e solar.
Qual o sistema está certo?
Todos e nenhum, assim como o tempo em geral é convencionado, a sua própria existência e a divisão por segundo, minutos, horas, mas como marcação real os fenômenos de ação, medidos por deslocamentos, de que surge o conceito espaço/tempo dentro das dimensões conceitos por nós dominados e aceitos (menos pelos negacionismo antigo e distópico, recente).
Bem hoje é sexta? Mas penso que meu aniversário é dia 30 de fevereiro, pelo calendário juliano, antes da reforma de Augusto, quem contesta que prove o contrário, só não dispenso os presentes.