Arnobio Rocha Política COM QUANTOS BILIONÁRIOS SE FAZ UMA CRACOLÂNDIA?

2106: COM QUANTOS BILIONÁRIOS SE FAZ UMA CRACOLÂNDIA?


Debate sobre o Brasil e o mundo,

Ontem, 24.05.2022, fui convidado pelo meu companheiro de mais de 30 anos de militância política e amizade, o jornalista carioca, Henrique Acker, para participar de uma conversa no canal (Facebook, Youtube, portal) COMUNIA – Portal de Opinião Política e Notícias, o tema: COM QUANTOS BILIONÁRIOS SE FAZ UMA CRACOLÂNDIA?

O link abaixo conta a nossa prosa de pouco mais de 90 minutos e ontem a noite. Aqui passo a falar sobre nós,  vale contar de onde viemos, quem somos, e a emoção de um reencontro de velhos camaradas de armas.

O Portal COMUNIA é um esforço de Henrique Acker, Martiniano Cavalcante e Jefferson Moura, para manter um debate político com um corte de esquerda militante, pela experiência política de companheiros que construíram nos anos 80 e 90, a CUT, um setor não petista, oriundos do antigo PCB, especialmente depois da ruptura de Prestes, mas que não se limitaram à ruptura, ousaram construir os Coletivos Gregório Bezerra (CGB) que se uniram em 1989 no Partido Libertação Proletária (PLP), de curta vida.

Após a queda do muro de Berlim, Henrique, Martiniano e Eu, seguimos num pequeno coletivo que se uniu a Convergência Socialista, que fora expulsa do PT, mais uns 20 pequenos grupos regionais e fundamos o PSTU, como perspectiva alternativa à esquerda, num momento extremamente grave da luta de classes no Brasil e no mundo, confusão ideológica e de adaptação política da esquerda mundial.

Na CUT e no PSTU, aqui em São Paulo por várias vezes, nós três participamos desses debates e embates, partilhando de uma visão do mundo, com corte Marxista, sem viés trotskista ou stalinista (mesmo desse tínhamos saído). Nossa vida no PSTU não durou muito, pela imposição da maioria da antiga Convergência Socialista, que transformou o espírito de reconstrução de uma esquerda militante, apenas em mais um grupo sectário trotskista, sem expressão política e importância na luta política do Brasil.

Na virada dos anos 2000, o bug do milênio, seguimos caminhos diferentes, Martiniano e Henrique, foram importantes na construção do PSOL, enquanto aguentaram a dinâmica política interna e externa. Nos afastamos naturalmente, Henrique mantive contatos, visitas ao Rio de Janeiro, nossos cafés e conversas sobre política e nossas vidas pessoais.

Ontem foi um dia especial, por um momento, emulamos o velho espírito do CGB, as velhas formulações, a análise sobre a estrutura econômica mundial e no Brasil, a necessidade de ruptura, mas dentro de uma perspectiva de longo prazo e uma contribuição pela esquerda, de construção de uma política que reconstrua o Brasil, a economia, com nossas experiência.

Martiniano avançou na proposta pela vitória de Lula já no primeiro turno, para vencer o governo com viés autoritário e que construa uma saída econômica com uso de instrumentos do Estado, como as reservas do Banco Central, incentivo aos pequenos e médios empresários, num processo de enfrentamento ao rentismo e aos especuladores.

Apresentamos a necessidade de unir uma resistência humana contra a sociedade distópica, uberização, precarização, a perda completa de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, além do desmonte da Saúde e Educação, sobrando apenas os Direitos Humanos como defesa da vida e da humanidade.

Foi uma noite de reencontro e de camaradagem, um diálogo que nossa trajetória política ainda pode contribuir com o bom debate e novas perspectivas política na esquerda.

 

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