Arnobio Rocha Esportes Cássio saiu do Corinthians e a falta de carinho com os ídolos.

2411: Cássio saiu do Corinthians e a falta de carinho com os ídolos.


Cássio: Um dos maiores jogadores da história do Corinthians.

Participo de vários grupos, alguns sobre futebol, especialmente relacionados ao meu time, o Corinthians. Num deles, o querido amigo Walter Falceta Jr, mais do que corinthiano, é corinthianista, fez um belo texto sobre as questões da possível saída de Cássio, chamando atenção sobre uma espécie ingratidão, que a paixão explica, não a razão.

Escrevi um texto, antes da confirmação da saída, mantenho tudo, mesmo depois do vídeo ridículo, coisa de ASCOM, mas isso não muda absolutamente.

Primeiro vamos repetir: As mesmas pessoas da mídia, jornalistas e comentaristas, os palpiteiros, que hoje gritam que é um absurdo o Corinthians não segurar o Cássio, de que ele não pode sair pelas portas dos fundos. Há um mês berravam que o Cássio era o maior responsável pela situação do Corinthians.

Demagogos e continuarão como “certos”.

Sobre o Cássio, penso que é facilmente o maior goleiro da história do Corinthians, e um dos maiores jogador e mais vencedor do clube e isso não se apagará jamais, depois da raiva, a razão voltará a todos e todas.

Apenas para lembrar, o Corinthians foi eliminado de forma vexatória pela Ponte Preta, no Pacaembu, com falhas do apenas esforçado Júlio César, de braços curtos. Cássio era o 3° goleiro e virou titular nas oitavas da libertadores, fechou o gol contra o Emelec, do Equador.

A icônica defesa contra o Vasco, naquele contra-ataque em que Diego Souza quase mata metade da torcida naqueles 8 segundo, uma defesa que marcará para sempre a história do clube e fez de Cássio, um desconhecido, um herói. Os jogos finais da libertadores contra o Santos, a certeza de que lá atrás nada passaria, o campeão do título inédito, sofreu pouco contra o Boca.

O que dizer da final contra o Chelsea no mundial do Japão? Uma das maiores exibições de um goleiro em jogo decisivo da história do Corinthians. Depois foi decisivo por vários anos e campeonatos, em disputas de pênaltis, lembram quanto perdemos em 99 e 2000 na libertadores, mesmo com Dida, para termos parâmetros?

Cássio era o último jogador do supercampeão time de 2012. Ele foi ficando, ajudando decisivamente nos títulos de 2013, dos brasileiros de 2015 e 2017, e em times cada vez piores, quase caímos nos últimos dois anos, ele foi um dos poucos que teve bom desempenho.

Estava em má-fase, como todo o elenco ruim ou numa crise de identidade, reflexo de uma administração muito pouco profissional. A falta de comando do clube e do vestiário, vai criando desgastes e os mais velhos, acabam assumindo o “comando”, o que nunca funciona, depois as gestões ficam reféns dos jogadores.

Lembremos, Cássio, foi para reservas por pressão da mídia esportiva, da redes sociais e parte da torcida. Aqui ele errou gravemente em não aceitar descansar, ser reserva e retomar, mas o relacionamento com a gestão era perceptível, a falta de cumprimento de acordos, pagamentos e a falta de defesa dos atletas.

Por fim, Cássio não é maior do que o clube, nem Ronaldo, nem Neto, nem Sócrates. Mas temos uma péssima mania de não saber terminar relações com ídolos, por exemplo, recentemente: Jadson e Ralf. Agora com Cássio.

Obrigado, Cássio, que seja feliz no Cruzeiro. Agora é ir para cima da Diretoria.

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