Arnobio Rocha Reflexões Das Cores e da vida.

2180: Das Cores e da vida.


Entre flores e vida, cores e sabores.

“Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida… expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido”. (Henry David Thoreau)

A vida é uma mistura de tragédias e comédias, não obstante que, na maioria das vezes, seja apenas uma sucessão de dias, semanas, meses e anos, com raros momentos significativos, cheias de datas comemorativas alheias, que raramente nos diz a respeito, mas por circunstâncias outras participamos como se nossas fossem, mesmo que seja apenas para sermos parte de alguma coisa, ainda que incerta.

As nossas melhores memórias são as da infância, que cedo ou tarde vão se apagando, vitimadas pela crueza das lutas diárias e o cinza do dia a dia. As preocupações do cotidiano roubam a beleza da paisagem, da observação distante das criações artísticas, ou mesmo da natureza, pois nossa sensibilidade é tomada apenas pela necessidade de reprodução.

As fugas da realidade, para um mundo de sonhos, com cor e expressões, são as formas de resistência, de nos rebelar do triste destino que joga sombra sobre nós, impedindo de ver o sol, uma possibilidade vida diferente, criativa, pelo ócio, amor, prazeres e gozos.

O lúdico é a abstração do voo, como Ícaro, ainda que as asas possam ser queimadas pela realidade concreta, pois sempre haverá o risco para quem ultrapassa seu metron, por aquilo que foi fiado como destino, a rebeldia tem preço ou não tem preço fazer o que não é feito, enfrentar o estabelecido, viver como se não houvesse amanhã, pois na verdade não há.

Viver entre livros, sonhos, filmes, viagens oníricas, dar sentido ao que não tem sentido algum, é o desafio de enfrentar a vida, não ser apenas uma pálida sombra, sem existência própria.

Sexta, dia da música e poesia.

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Share this on WhatsApp    Escrever como se não houvesse amanhã, é isto que mais tenho feito,nos últimos dois anos. Lembrar de fatos pretéritos, viver o presente, sem se arrepender