Arnobio Rocha Reflexões Dia Um – A Origem e criação Humana

Dia Um – A Origem e criação Humana


O Big Bang e os acasos da criação

“1. No começar § Deus Criando §§§ o fogoágua § e a terra
2. E a terra § era lodo § torvo §§ e a treva § sobre o rosto do abismo §§§ E o sopro-Deus §§ revoa § sobre o rosto da água.
3. E Deus disse § seja luz §§§ E foi luz
4.E Deus viu § que a luz § era boa §§§ E Deus dividiu §§ entre a luz § e a treva”
(Haroldo de Campos – DIA UM)

Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre,
dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,
e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,
e Eros: o mais belo entre Deuses imortais
(Teogonia – Hesiodo)

Para quem nós realmente escrevemos?

A humanidade conta em 2020 com cerca 7,8 bilhões de pessoas, de todos os tipos, línguas, sexualidade, cor, raça, som, nenhuma figura repetida, incrivelmente únicos entre bilhões, com bilhões de características próprias. Apesar dessa extrema individualidade, a humanidade, encontra identidades elementares que a faz se reunir, juntar-se, crescer e se multiplicar-se por um breve período histórico dos bilhões de anos do planeta-mãe.

Essa série de coincidência que levou ao surgimento da humanidade foi desenvolvimento lento, lentíssimo, pois no relógio da Terra, ocupamos milésimos de segundos. em 4,5 bilhões de anos, homens e mulheres, têm pouco mais de 10 mil anos, um nada, um sopro, quase uma gota d’água no oceano.

A história da humanidade é uma mensagem escrita numa garrafa lançada ao mar, de tão pequena e tão frágil. por outra mão, esse pequeno fragmento na garrafa, na verdade é um colossal escrito, com todas as sutilezas, paixões, violência, doçura, amor, sofrimento, dor e vida.

Ora, toda as cosmogonias, teogonias, criações humanas por deuses ou forças da natureza, simbolicamente nos levam a evolução humana como parte de uma decisão divina, um deus ou vários, com tantas visões comuns. Ao ser lê a bíblia/torá/alcorão ou Hesíodo, ou no Mahabarata, do Caos fez luz, da luz à vida, o nascimento e vida da humanidade é um grande parto, da Terra-mãe ou dos deuses, do olimpo à ilha dos bem-aventurados.

Ou seja, escrevemos para o acaso.

Sim, porque somos frutos do acaso, quer seja pela evolução do big bang ou porque um dia D’Us olhou para o imenso universo e nos pôs aqui, não em outro planeta, não em outra galáxia, mas aqui. Ou mesmo Zeus nos cria do barro e sopra por nós, com Prometeu roubando o fogo (a luz, a inteligência) e nos fez o que somos, teimosos e desafiadores dos deuses, enfim, humanos.

Escrevamos, apenas uma nova garrafa a mais no mar.

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