Arnobio Rocha Estado Gotham City Bilionários – A Real Pandemia Que Ameaça a Humanidade

Bilionários – A Real Pandemia Que Ameaça a Humanidade


PORNOGRAFIA: Os Bilhões de dólares nas mãos de tão pouco.

A Pandemia produziu mais concentração de riqueza para um clube ultra exclusivo de Bilionários.

Esse clube, uma casta minúscula, ampliou suas fabulosas fortunas em 31%, enquanto bilhões de seres humanos entravam para o grupo dos desesperados, e que, para sobreviver, dependeram exclusivamente do guarda-chuva estatal, para receber alguma renda, ou complemento pelo desemprego ampliado durante o último ano.

São números assustadores, pornográficos, apenas o Sr Jeff Bezos fundador e presidente da Amazon, detém em suas mãos, 191,8 bilhões de dólares, nesse ano “ruim”, um aumento em 76,9 bilhões de dólares. Sua fortuna é cerca de 13,6% do PIB do Brasil em 2020.

Esse pequeno clube das 500 grandes fortunas mundiais, juntos somam 7,6 trilhões de dólares, o que lhes garantiria o 3º lugar no PIB mundial, atrás apenas de EUA e China.

É uma concentração brutal de renda e absolutamente fora de controle, com poder suficiente para definir os rumos de nações e do mundo, em encontros privados, desses bilionários, sem precisar consultar mais ninguém, ao bel-prazer de suas idiossincrasias, fulminariam uma nação qualquer, sob qualquer argumento.

Essas enormes fortunas, privadas, seguem a mesma lógica da concentração de riquezas das grandes empresas, em que esses senhores figuram como sócios ou donos. Estas empresas com capilaridade mundial, com presença e poder econômico e político jamais vistas. Exercem sua força de forma explosiva, o velho Estado e suas instituições não conseguem conter ou normatizar condutas diante de um poder tão descomunal, que tende ao descontrole.

As políticas econômicas engendradas no final dos anos de 1970, após a crise do petróleo, o assim chamado novo liberalismo, abriram as portas do inferno, Reagan, Tatcher, o FED, o FMI, o Clube de Paris, são os responsáveis pelo estado de coisas atual.

As grandes empresas transnacionais e suas castas de “donos” e/ou dirigentes, se descolaram da vida social cotidiana, passam a atuar quase num mundo paralelo, num cassino bilionário, sem nenhum controle social ou poder social que lhe imponham o menor limite.

A questão não é moral, é de política e de modelo de acumulação econômica que pode inviabilizar a própria existência humana como tal. O velho Estado foi desmontado e sem mediação estatal que possa disciplinar, cobrar impostos sobre essas fortunas, como forma de reversão à sociedade, a ruptura é o passo mais lógico, os extremos são óbvios, os poucos bilionários com seus bilhões versus os bilhões de seres humanos com poucos tostões.

Essa realidade da barbárie se materializa justamente num ano em que uma Pandemia trouxe as maiores incertezas sobre a vida humana no planeta, a paralisia da economia, só foi real para os bilhões de seres que vivem na miséria, dado que esse seleto grupo, conseguiu passar incólume pela doença, ainda se tornando mais ricos.

Apenas a taxação mínima dessas grandes fortunas tirariam bilhões da miséria, o que não é rumo que se tomará, no horizonte, a situação precária e miséria, desmontou uma resistência ampla e necessária. Os confrontos são cada vez mais desiguais e a perda de vidas humanas foi banalizada ao extremo, é essa a realidade do mundo.

No fundo, a Real Pandemia não é a trazida pelo Coronavírus, mas sim a Pandemia da Barbárie Econômica, sem freios, sem controles, destrói vidas e sonhos a cada segundo.

Até quando?

 

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