Arnobio Rocha Estado Gotham City O Ultraliberalismo na Berlinda.

1861: O Ultraliberalismo na Berlinda.


As transformações internas do Kapital e o Lucro,

“As sutilezas dormem nos ouvidos dos parvos” (Hamlet – W. Shakespeare)

O importante é competir, nas olimpíadas, na vida real, o que interessa mesmo é que seja Lula 2022.

Eleições não são os jogos olímpicos, por suposto, essa máxima não se aplica, especialmente quando se enfrenta uma quadrada histórica com profundas nuances fascistas, genocida e de barbárie, importante caracterizar o cenário e pensar as tarefas urgentes, estratégia e a tática mais adequada, no Brasil e no mundo.

A clássica crise de superprodução de capital de 2005-2008, não meramente crise cíclica, mas com características de mudanças de paradigma, como as de 1871, 1929 e de 1974, pariu o Ultraliberalismo, a força política motriz para recompor a taxa de lucros, comprimida ao fim do grande ciclo, que se inicia em 1979 e finda em 2005, com crises cíclicas internas a esse grande ciclo.

A recomposição da taxa de lucro, para voltar à patamares que garantam a reprodução ampliada do Capital, traz, por conseguinte, o acirramento dramático da luta de classes, ainda que na aparência seja invisível, muitas vezes negada, ou incompreendida.

A produção de valor, potencializada pela alta tecnologia em certo grau parecia tirar do trabalho humano, a sua razão de ser, o mais Valor. A questão do valor e sua maior da produção, ao contrário de certas correntes que defendem a decadência do capitalismo como sistema, objetamos que se dar o oposto: Há aumento e expansão do Capital.

O problema candente é de como realizar a apropriação privada, a manutenção de uma sociedade global complexa, concentrada, com Estados, Direitos e vidas, com taxas de lucros descendentes? Sem lucro, não há capitalismo.

Ora, em 2005-2008, uma Nova Era foi inaugurada, que tem como ponto central,  a estratégia global das colossais corporações financeiras e industriais privadas, ou privada-estatais, para renegociar ou de dividir os lucros, que estavam decrescente, mesmo com o estoque de Capital cada vez maior, o que explica a crise não é ausência, mas abundância de capital.

O “custo” do Estado , a Democracia e a Política, como também a sua participação ativa no controle dessas corporações (que precisava ser entregues diretamente ao ente privado).

O ataque radical aos Direitos dos trabalhadores, do povo em geral, não é uma “maldade”, mas uma necessidade real de sobrevivência e de ampliação do Capital. A realização dessa política, exigiu quebrar vários paradigmas , por exemplo, a Democracia como valor universal, o trabalho digno com direitos, respeito às minorias, diversidade de gênero e igualdade racial.

Sem o Estado, não apenas como imposição da força do Kapital, mas também como mediador dos confrontos da luta de classes, essa segunda parte suprimida, para uma nova aceitaçã/submissão, o apelo ideológico jamais visto, a tecnologia, redes sociais e de controle, faz do “humano”, uma individualidade,  de cada um é patrão de si mesmo, a precarização do trabalho, selfie-man, o uber-humano, é sua melhor expressão.

O controle do Estado pela onda neofascista, do centro à periferia, foi o que mais caracterizou os anos 10, deste novo século, na nova década, liberadas as forças produtivas, taxas de lucros recompostas, todos os excessos cometidos, de Trump à Bolsonaro, começou um ajuste de contas.

Será pacífico, inevitável?

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