Arnobio Rocha Política O Copo Meio Cheio.

1053: O Copo Meio Cheio.

Copo meio cheio, mas querem criar uma tempestade...

Copo meio cheio, mas querem criar uma tempestade…

Vivemos dias memoráveis, em que nenhuma boa noticia servirá para aplacar o ódio midiático ao Brasil em geral, e ao seu governo atual. Horas depois de qualquer fato positivo, vira negativo. Ontem o anúncio de que houve abertura de quase 261 mil novos postos de trabalho, em fevereiro, o segundo maior da história para o mês, é rapidamente transformado em algo ruim, ou apenas mais uma “propaganda” do governo, como se aumento do emprego fosse algo ruim , ou que seja ofensivo divulgar tal fato.

 Este comportamento esquizofrênico da mídia contamina as pessoas comuns, até mesmo as mais politizadas, que se tornam pessimistas ao extremo, deixando se levar pelo ambiente “grave” da nação. É comum ler (e ficar espantado) com posts de amigos, nas redes sociais, em que foram tomados pelo desespero, como se vivêssemos o caos, por exemplo, no fascismo. Busco entender, compreender, a razão deste tipo de sentimento, mas confesso que não é simples, não há explicação razoável.

A atmosfera de um pessimismo artificial, de um sentimento irreal é o único trunfo concreto dos que não aceitam e não querem que o país mude, melhore. Mas como consegue contaminar outras pessoas que percebem como positiva as mudanças do Brasil? Ainda mais, como algumas pessoas, que vivem momentos especiais nos seus trabalhos, com mais empregos, mais salários, realizando pequenos e grandes sonhos, com condição de ter vida mais digna, se deixam levar pelo lugar comum de que “nada presta” de que o país “não tem jeito”.

A cultura do “mas”, sempre terá um, mas, uma incompletude, nada é pleno, o que alimenta um medo de que não se pode ser feliz, ou olhar com olhos mais leves sobre a vida, sobre seu país. Nem vou falar dos que tem ódio mesmo do país, que não aceitam que os “seus” aeroportos viraram “rodoviárias”, cheias de pobres, ou de que o filho do porteiro vai ser seu “colega” advogado. Que aquele negro, ou aquele pobre da periferia, terá direito a fazer faculdade, de ter emprego mais digno, bem, para estes não tem melhora mesmo, o país realmente piorou aos seus olhos e sentimentos.

Mas, para a maioria de nós, muita coisa mudou, mesmo que seja mais lento do que gostaríamos e mais trabalhoso do que pensávamos, mas há mudanças reais e concretas. Precisamos de mais, muito mais, tanta coisa a ser feita e resgatada, desde coisas mais simples à mais complexas, entretanto para todas elas é necessário força, união, coragem e pressão política. Nada veio de graça, nada que julgamos que ainda está longe do ideal, também só se conquistará com luta e disposição.

Esta tentativa de criar um “impasse”, como se nada tivesse sido feito, nada acontecido, não pode nos servir, isto cada um de nós percebe no seu cotidiano, na sua própria casa, na sua vida, na de seus amigos mais próximos, e não é possível que nos deixemos tomar por esta ideologia do Caos, a quem beneficiará? Quem está por trás das manchetes, dos artigos, das marchas? Quais são os seus interesses?

Teremos paciência e grandeza histórica para atravessar este momento? Ou iremos sucumbir por uma propaganda ardilosa, também manietada sobre a “desgraça que vive o Brasil”? Pois se pega fatos reais e concretos para se transformar num imenso mal, que o país não muda e que tudo vai ruir, que o Brasil vai entrar numa crise insolúvel, mas que diabo, isto a Miriam Leitão, Sardenberg e outros falam desde 2003, mas nunca veio, por que insistem tanto? Por que namoram o ódio e a desgraça do povo?

Prefiro olhar o copo “meio cheio”, pois durante longos anos de minha vida acostumei-me a ver apenas o copo vazio, pelo menos para o nosso lado.

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