Arnobio Rocha Política Governo Tarcísio, um governo obscurantista.

2234: Governo Tarcísio, um governo obscurantista.


Governo Tarcísio imita Bolsonaro, um conjunto de nulidades e mediocridades.

O Carioca, com domicílio em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), venceu as eleições para governador do estado de São Paulo sem nunca ter sido candidato a nada, nem mesmo conhecer mais do que três nomes de cidades, ou ruas da capital, a maior vitória bolsonarista e seu futuro bunker (?).

É a primeira derrota do PSDB para o governo de São Paulo, desde 1994. Tarcísio foi apoiado por todos os neotucanos, como Dória, Rodrigo Garcia e tucanos como Serra. As últimas vitórias tucanas com Dória (capital e estado) e Bruno Covas (capital), já tinham provocado rupturas significativas entre os tucanos, tendo como auge a aliança Bolso-Dória, que tinha traído o então candidato à presidência, Geraldo Alckmin.

Tarcísio de Freitas fez uma campanha forte no interior de São Paulo, no meio das bases dos tucanos, com forte esquema eleitoral vinculado ao bolsonarismo e ao antipetismo, suplantando o governador Rodrigo Garcia, se fortaleceu com o apoio dele no segundo turno e venceu com relativa facilidade o candidato do PT, Fernando Haddad, além de ter eleito o astronauta, senador.

A formação do governo Tarcísio de Freitas tem como principal nome e articulador, Gilberto kassab, o homem que “se há governo, ele é governo”, os demais são completos desconhecidos e alguns preocupantes, como o futuro secretário de Segurança Pública, Capitão Guilherme Derrite, linha dura da PM, duas vezes eleito deputado federal, que também indicou o secretário de Administração Penitenciária, Coronel Marcello Streifinger.

Na Secretaria de Justiça e Cidadania o indicado é o desembargador federal aposentado, Fábio Prieto, que veio do governo Bolsonaro. Para Secretaria de Políticas para as Mulheres, a antifeminista, Sonaira Fernandes, que já associou o feminismo à prática de genocídio e disse se tratar de uma “ideologia imunda” que “mata mais que guerras e doenças”.   

Para Secretaria de Educação, Renato Feder, um empresário da área de tecnologia, que foi secretário de educação do governo Massa, o bolsonarista do Paraná. Um privatista, ultraliberal, formado na Fundação Getúlio Vargas, que entregou administração das escolas públicas para grupos privados, além de criar centenas de escolas cívico-militares.

A perspectiva de ser a resistência do bolsonarismo ou neobolsonarismo, pois Tarcísio de Freitas, um capitão do exército, especialista em logística, que esteve na missão da ONU no Haiti, depois trabalhou em vários cargos no governo Dilma, o maior deles, Diretor-Geral do Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), por fim foi ministro da Infraestrutura, de péssima memória, contratações sem licitações, problemas graves de logística durante a Pandemia.

A área “social” foi entregue aos grupos ideológicos mais reacionários e de desrespeito aos marcos civilizatórios e aos Direitos Humanos. Na sua campanha defendeu o fim do uso da câmeras nos uniformes dos policiais, nomeou um secretário que disse que o currículo mínimo de um policial era ter matado pelo menos três.

As entidades de Direitos humanos (CDH OAB-SP, SASP, Comissão Arns, Comissão de Justiça e Paz, Conselho da Cidade, CONDEPE, entre outras), os movimentos sociais, os sindicatos de servidores, de professores, terão vida dura, pela perspectiva do que representa esse secretariado, aliás, olhando para o governo federal, se percebe a distância abissal entre eles, nem mesmo aos governos tucanos pode se comparar, uma lástima.

A luta é a única saída.

PS: Num cargo secundário, subsecretaria de pessoas com deficiência, um ex-presidente da OAB-SP, Sr. Marcos da Costa, mais uma vergonha alheia.

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