Arnobio Rocha Crise 2.0 BolsoNERO: O Genocídio e a Morte das Instituições

1670: BolsoNERO: O Genocídio e a Morte das Instituições


BolsoNERO, a arte de destruir e detonar um país e rir de todos. Até quando?

O Brasil passou do ponto, atravessou o Rubicão, ou qualquer definição vulgar ou sofisticada.

Aqui não se trata de moralismo, o que sobrou de sentimento ao país foi o de cinismo, completo, sem nenhum pudor, espalhou-se em cima e embaixo, por todas as camadas sociais e políticas. Ri de tudo e da normalização do mal, das mortes, da violência e da dor.

É para se ficar, no mínimo, estarrecido que com VINTE MIL MORTOS (21/05/2020), o Presidente da República faça “Lives” sorridente, NENHUMA palavra de conforto, condolências aos familiares, aos doentes, cerca de 310 mil, pelos números oficiais.

NADA!

Bolsonaro não faz um único gesto de que sente dó ou piedade, ao contrário, insiste em piadas de mau gosto e risos canalhas, aplaudido por sua claque doente, de zumbis sociais, pessoas que perderam o objeto da vida, a humanidade.

O país se afoga numa tragédia constante desde pelo menos 2013, ao invés de buscar ar, mergulha-se mais fundo, com Bolsonaro, eleito em 2018, parecia que era o fundo do poço, entretanto, descobre-se que há ainda o “volume morto”, aquele com água podre para chafurdar.

Todos os dias desse funesto governo foram usados para desmoralizar as instituições, a Democracia, os direitos sociais, trabalhistas e humanos. O “trabalho” de Bolsonaro e de sua família com sua trupe mambembes ministros, foi destruir o Brasil, arrebentar com o Estado, com as riquezas, com o meio ambiente, com a economia, com o comércio exterior e a dissipação das divisas internacionais.

Por mais que se repita esse discurso, sem que haja ação e reação, fica-se na constatação do óbvio.

Por não ter oposição política, econômica e social, sem resistência alguma, o avanço da barbárie se dará aos risos sociopatas de Bolsonaro, os tweets de ódio de seus familiares e as falas estapafúrdias de seus ministros, todos afeitos ao mau gosto à imagem do chefe.

Nenhuma instituição lhe faz frente, o STF, o Congresso Nacional, os Partidos Políticos, as entidades da sociedade civil, sindicatos. Ele caminha solerte e risonho numa cavalgadura ao poder despótico.

A tragédia Bolsonaro segue no mesmo ritmo das mortes da pandemia, sem nenhuma chance de se conter, um e a outra, sem alternativa política, sem que se proponha uma ruptura, sem que se faça um confronto, nem que seja retórico, fica-se à espera de um escândalo, de uma “bala de prata”, como se espera, ao mesmo tempo, por uma vacina para o COVID-19.

Enquanto isso, Bolsonaro, o senhor da morte,  segue matando as instituições e os direitos com mais medidas provisórias, ou matando o povo com doses de Cloroquina.

O que fazer e até quando?

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One thought on “1670: BolsoNERO: O Genocídio e a Morte das Instituições”

  1. Segundo narra Esopo, um homem desleal e de má-fé procurou o oráculo de Delfos; queria desmascará-lo. Para tanto, capturou um pardalzinho e o levou até a sibila. Ao chegar no santuário, postou-se diante do oráculo e perguntou se o que tinha na mão, que escondia às costas, era ou não um ser vivo. Se a sibila dissesse que era um ser inanimado, mostraria o passarinho vivo; se dissesse que era um ser vivo, estrangularia o animalzinho antes de mostrá-lo. Mas o oráculo, percebendo sua deslealdade, disse: – Chega! O que tens na mão, vivo ou morto, depende de ti. E assim são os sectários de Bolsonaro: desleais. Mas as vidas, que estão em suas mãos nessa pandemia, dependem única e exclusivamente deles. Bolsonaro, com tantas mortes no Brasil (às costas), é como esse homem desleal da fábula de Esopo: culpará o isolamento social. E nós não temos oráculos para julgá-lo por isso. Assim como ele, seus seguidores estrangularam o pardalzinho com as próprias mãos.

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