“não corras rasteiro à terra, nem levantes voo até o céu.
Caso contrário, incendiarás o planeta ou abrasarás o céu.
Voa no meio e correrás seguro!”
(Sobre Faetonte – As Metamorfoses – Ovídio)
O Brasil entrou num descompasso institucional, desde as jornadas de junho de 2013. As tais primaveras, aportaram aqui, num outono, que se tornou tenebroso, com uma rapidez e capacidade destrutiva jamais vista. Por cinco anos as sementes neofascistas, consubstanciadas numa construção Política-filosófica com ataque ao pilar das sociedade modernas: Política e Democracia.
O auge dessa loucura coletiva se deu com a eleição do mais ignóbil dos candidatos, aquele que reunia o que havia de pior, despreparado, envolvido, ele e filhos com setores da milícia carioca, com ideias medievais, montou-se uma máquina de mentiras tão estupidas que seria impossível de acreditar, mas se acreditou e se votou em alguém que rivaliza, para pior com General Figueiredo.
Essa aventura chegou ao Planalto sem nenhum projeto relevante, uma ideia, nada, apenas encarnou o anti-petismo, com uma pauta moralista, desqualificada. Alguns abutres do Kapital aderiram à candidatura, pois viram nesta horda insana, sem cérebro, a chance de destruir o Estado, desmontando toda e qualquer política pública, rasgando a Constituição Federal, rompendo o pacto federativo e levando país à beira do Caos.
O resultado desse desgoverno, é quase uma hecatombe, e a sua extrema incapacidade de enfrentar uma pandemia com características destrutivas implacáveis. Os governos mundiais, desde os ultraliberais como Trump, passando pelo demais espectros políticos, largaram a Doutrina da Fé do fiscalismo e abriram as contras públicas pera enfrentar o Caos.
Aqui o descerebrado e seu parceiro de desgoverno, Paulo Guedes, tratam o Coronavírus como uma gripe qualquer, ofendendo à inteligência alheia, o que praticamente destruiu o apoio que tinha esse governo de aventureiros, Contraditoriamente, mesmo em público menosprezando a doença, passaram a trabalhar para atrapalhar as lúcidas iniciativas de governos estaduais, preocupados com o desastre causado pela paralisia provocado pela doença, o que pode levar o país a um Genocídio.
Mais além, Bolsonaro-Guedes, essa dupla do “mal naturalizado”, passou a editar Medidas Provisórias com leis que pioram a vida dos trabalhadores e servidores públicos, distribuem migalhas para a população e centram forças e recursos em salvar o baronato nacional/internacional, os banqueiros, os especuladores. No meio tempo, a família faz a distração do público.
Há sinais evidentes de barbárie no país, de descontrole da máquina letal do Estado, com a inspiração no linguajar chulo do Presidente, forças policiais, passam a agir conforme tais premissas, em poucos meses o que se constata é uma onda de desrespeito às leis, aos Direitos Humanos e garantias fundamentais.
O desmonte do Estado, com o corte de verbas e a caótica formação de um time de ministros de envergonhar, tal despreparo, com nomeação completamente estapafúrdias, hoje cobra um preço alto. Educação, Itamaraty, são exemplos mais absurdos, e figuras que poderiam ser folclóricas, como Damares e Araújo, mas são absolutamente perigosas, pois acreditam no que falam.
O Governo feito via twitter controlado pela família que todos os dias arrumam uma briga, uma confusão entre eles mesmo, colocando o país no abismo, no caos social de uma economia em frangalhos, ninguém em sã consciência acredita mais que isso é fruto de governos passados, mas da extrema incapacidade da família Bolsonaro, de seus parceiros, de seu ministro da economia, o Sr Guedes, que só ver a Economia em reformas sem fim e sem eviências de resultados..
O Brasil não vai suportar que esse aventureiros destruam o país, que ignorem o que se passa. Interditar, impeachment, qualquer remédio. Por um Governo de Unidade Nacional com uma urgência de uma frente ampla, democrática, da Direita à extrema-esquerda, passando pelo centro, garantido a recondução do Brasil à Democracia plena, o Estado de Direito e garantias fundamentais.
Nesse mesmo movimento, a esquerda deve conformar um Bloco, um resgate que una PT, PSOL, PC do B, PDT, PSB, PCO, para disputa política e ideológica, encontrar a agenda de desenvolvimento, crescimento, distribuição de renda, participação popular, como saída à comoção da crise do Coronavírus.
Ao debate, ainda que virtual.