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São treis sorte são treis sina
na istrada dêsse cristão
são treis irirmã granfina
e de punhal na mão
(Gabriela – Elomar Figueira)
E todo nosso destino foi fiado, pelas moiras, assim nos ensina a mitologia grega, não nos cabendo ultrapassar nossa medida, aquilo que foi traçado, são algumas reflexões perdidas, num dia qualquer, mais de 2.500 anos depois os versos e prosas, cantam e encantam, principalmente nos ensinam sobre nós mesmos, nossas ambições, curiosidades e enfrentamentos do dia a dia, inspirados ou não nessas lições.
Aquiles não poderia entrar em Troia, assim estava decido, ao nascer, nem mesmo Patroclo, com suas armas e avisado por Aquiles deveria ultrapassar os muros de Troia. Não obstante, no calor da luta e empolgado com sua nova condição de vitorioso em combate, Patroclo, esquece a recomendação de seu amigo, e caiu ao pés de Heitor, o grande herói troiano, filho de Príamo e Hécuba.
Orfeu, desesperado pela morte de Eurídice, a sua ninfa e amada esposa, desce ao Hades, o mundo inferior, armado apenas com sua cítara e a bela voz, vai encantando a todos no infernum, os perigos cessam até que ele chega frente a frente com Plutão e Perséfones, que comovidos diante de tanto amor, permitem que ele leve sua esposa, mas com uma condição: Ele irá à frente sem poder olha para trás, só deve virar-se quando atingir o mundo dos vivos. Tomado pelo pavor de não ser seguido, assim como a esposa de Lot, ele olha para trás e verá sua esposa morrer pela segunda vez.
“Quantas vezes não te admoestei acerca do perigo iminente, quantas vezes não te repreendi delicadamente”,
Assim diz Eros para Psiquê, de que não revelasse quem era, nem mesmo procurasse saber quem ele era, pois só assim teria a segurança do palácio e do amor noturno, mas ela o desobedece influenciada pelas irmãs, invejosas e curiosas sobre o marido secreto da irmã.
Teseu abandona a apaixonada Ariadne, por medo de Dionísio que por ela estava apaixonado ou por ele próprio gostar de outra mulher, o castigo será bem rápido. ele é amaldiçoado por Ariadne, no poema de Ovídio:
“O que lês, Teseu, envio-te daquela praia,
donde, sem mim, as velas levaram teu barco;
onde o sono perverso me traiu,
de que perversamente tu te aproveitaste”.
Após nova parada em Delos, o navio segue para Atenas, Teseu, esquece-se das velas brancas e com as negras hasteadas se aproxima da cidade. Egeu, seu pai, que aguarda nervosamente o retorno da expedição, ao ver as velas negras se lança ao mar, morrendo, achando que o filho não retornara.
Todas essas vozes soam em nossas mentes, no presente, como mensagens do passado, de nosso inconsciente coletivo, contando-nos sobre nossos limites, de onde viemos e alguns deveres/valores éticos, morais que devemos cumprir, porque assim é, assim deve ser feito e cumprido, pois aquilo que nos cabe, cabe, não mais e não menos.