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Hoje, 20.02.25, estreou uma minissérie no canal de streaming, Netflix, Dia Zero, com um dos maiores atores da história, Robert De Niro), uma baita ficção, quase verdade sobre um ataque cibernético de proporções parecidas com o 11 de setembro, inclusive, as medidas de Estado de Exceção propostas. Algumas situações, sem o ataque, idênticas as decisões recém tomadas pela dupla Trump-Musk, parece uma antecipação da ficção pela realidade.
Ao mesmo tempo, no tempo real (será?) do Brasil, de uma realidade distópica em que se tenta reconstruir uma país destruído por 6 anos de Temer e Bolsonaro, mesmo com todo o esforço e resultados animadores, a conjunção forças da extrema-direita, setores do Capital e sua mídia corporativa, impõem uma realidade paralela de que o Brasil está em queda, é absolutamente inacreditável a narrativa que cresce e se reflete nos números (fabricados) pelas pesquisas.
Um aparente “refresco”, ao cerco violento contra o Governo Lula e ao STF, veio com a denúncia ( O Brasil atravessa o Rubicão: Gonet fez um Golaço!) de Bolsonaro e sua cúpula (incluindo 24 militares de alto escalão, algo inédito no Brasil) pela tentativa de Golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, que entre outras coisas queria matar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Essa denúncia da PGR daria novo rumo às narrativas e empurraria o bolsonarismo para as cordas, enterrando de vez as propostas de “anistia”, retomando a memória recente do Golpe.
Não obstante a toda essa conjuntura encalacrada e cheia de riscos para Democracia, uma indigesta discussão no meio jurídico e acadêmico acerca dos procedimentos, condução do Processo, de Suspeição de Ministros e de competência do STF, tem marcado esses dias, tornando tenso o ambiente e, do meu ponto de vista, favorecendo imediatamente o desesperado Bolsonaro. A coisa não tem sido fácil, pontuo algumas questões estratégicas, sempre sob minha ótica:
- O novo mundo “novo” (tratado aquiMUSK-trump, a fusão ultraliberal para um Novo Poder Ilimitado sem Democracia.) que se anuncia não será nada bom para nós todos, os coerentes com suas convicções (jurídicas e acadêmicas) e os que hoje somos acusados de punitivistas de ocasião.
- O paradigma Trump-Musk está impondo outra realidade, uma completa ruptura com o Estado de Direito, alguns afirmam que estimulam uma nova guerra civil sob controle deles.
- Para alguns o que vale mesmo é que são campeões da coerência, da sapiência jurídica, não importa para onde o vento aponta, estão lá, firmes, na mesma batida.
- Infelizmente, sem inflexão tática e defesa estratégica da Democracia e do estado de Direito, nenhum de nós sobrará.
- Não por intenção, apenas objetivamente (aquilo que acontece independente da nossa vontade), levamos água para aqueles que querem passar o carro e dar ré, em cima de nós. Quase que no limite, aceitamos que Bolsonaro fique livre, leve e solto, quem sabe eleito, como Trump.
- vai dar “sertinho”!
Meu pequeno e singelo modo de contribuir com o debate é trazer para um campo mais geral e estratégico, sem nenhuma pretensão acadêmica, jurídica, reconhecimento, tese, guru, etc. Reduz-se apenas ao debate.