Arnobio Rocha Estado Gotham City O Epitáfio da humanidade?

2014: O Epitáfio da humanidade?


O que escrever na lápide da humanidade?

O mundo atravessa mais uma ameaça grave de explodir, o que nos deixa tão pequenos, ainda menores do que realmente somos. É não enxergar mais presente e nem futuro, a impossibilidade de ter esperança (ampla) piora a já tão difícil e dura realidade (micro mundo). Viver sempre foi perigoso demais, a nossa existência (humana) é um mero acidente, de um big bang e por condições absolutamente casuais, surgimos, mas por nossa inteligência (ou ausência), estamos pertos de desaparecer.

A história da humanidade, como vida inteligente, é um sopro, nos 4,5 bilhões do planeta. O avanço é espantoso, saindo de um estágio de vida associativa, em sociedade, por mera sobrevivência usando instrumentos precários para enfrentar toda sorte de dificuldades, quer fosse pelo clima hostil, para enfrentar animais selvagens, dessas comunidades primitivas, até a sofisticação da vida moderna, pouco mais de 10 mil anos, um nada, no relógio total.

Dessa sociedade de extrema falta, do risco real de que a qualquer evento da natureza poderia levar ao fim da humanidade, passou ao extremo de produção de excedente e abundância (ainda que a exclusão social mantenha o risco alimentar como norte), o que levou a sair de um estágio primário ao outro extremo, entretanto, a consciência, a preservação da natureza, da vida, do planeta, foi relegada ao segundo plano. Não obstante, o desenvolvimento foi usado para a construção de armas e exércitos capazes de dizimar o planeta em segundos, ou, no mínimo torná-lo inabitável.

É essa realidade aparentemente ilógica, pois o mundo vive para que bilhões trabalhem desesperadamente para ter o que comer, enquanto um punhado, pouco mais 700 conglomerados dominem a economia, a riqueza produzida, consumam com intensa ostentação. Para manter esse status quo, dominam o Estado e suas forças militares, pela força e pela coerção ideológica. Essa casta dominante, se alimentam não apenas do sangue do trabalho humano, mas das guerras e dos golpes, sem nenhuma preocupação com a vida no planeta, como se não houvesse amanhã, o que parece que não haverá.

É difícil aceitar que tudo que foi construído em séculos, das descobertas da ciência e da tecnologia, sejam usadas contra a própria humanidade, ao invés de  se usar numa perspectiva de transformação, de prosperidade e que fosse distribuída a riqueza, garantindo um processo de paz e ócio criativo, pelas artes, pelo prazer, desenvolver todos os potenciais humanos, ainda não descobertos. Ao contrário, o mundo entra em mais um impasse, pronto para se explodir, por Putin ou Biden, em nome de suas empresas e seus estados.

As mortes estão nas ruas em guerra de Kiev ou dos bombardeio dos drones em  Mogadíscio, quem sabe nos ataques contra Damasco, Bagdá, Cabul, Trípoli. Nos embates em Caracas, no genocídio da periferias de São Paulo, do Rio de Janeiro, ou Salvador. Na encruzilhadas de Capetown, de Los Angeles ou nos subúrbios de Paris. Onde haveria segurança ou paz?

É o que nos reserva 2022? O tal portal 22.02.2022 foi para destruição?

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