Arnobio Rocha Reflexões A Velocidade do Carro (vida)

1898: A Velocidade do Carro (vida)


A velocidade da vias, da vida, nada para.

Tracy Chapman canta Fast Car, uma linda versão ao vivo, enquanto naquele momento que une o passado ao presente, sem projetar nada para o futuro, apenas ouço a doce voz, que repete que tinha a sensação de ser alguém, ser alguém, de pertencer, é uma identidade, dela minha, a metáfora do carro veloz, é certeira de uma vida que voz e passa num piscar de olhos.

Tudo lembra e faz lembrar que é uma sexta do ano 21, de um milênio, mas a mente retoma o outro século, os anos finais do milênio, não apenas a idade, como a visão de espaço/tempo era tão diferente, mesmo com todas as contradições do mundo, parecia invencível, pronto para seguir em frente, as expectativas de uma vida incrível, uma promessa.

Longe de mim que seja um momento de melancolia, isso fica para o domingo na seu final de dia, hoje, ainda é sexta, início de um longo feriado, as reflexões de agora são trazidas pela música, pela velocidade do carro (vida), do querer ser alguém, de pertencer a algo, que nos torne melhores, maiores em alguma coisa, que não seja apenas a vida comum.

Algumas coincidências surpreendentes ao acionar o modo aleatório das músicas, elas estão vindo numa sequência inesperada de anos 80/90, de certa forma, ao ouvir as velhas canções, é uma viagem pelas escolhas do que vivi, trazendo segurança de que muitas coisas, foram e são fundamentais, que dão saudades, mas foram momentos vividos, sem maiores arrependimentos.

E é disso que nos alimentamos, dos vários caminhos seguidos, experimentados, nada se apagará, o que nos resta é persistir, seguir e deixar que outras estradas se apresentem, para que haja novas surpresas e vida.

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