Arnobio Rocha Política Jair, o Coerente. O Desgoverno do Inimigo.

1577: Jair, o Coerente. O Desgoverno do Inimigo.


Nunca antes na história se reuniu tantas nulidades como nesse desgoverno.

“o Regente, que era um asno, pouco menos asno do que os ministros que serviram com ele” (Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis)

O Brasil votou contra Democracia, quis como presidente um declarado inimigo da Democracia, alguém que fez apologia à Ditadura, à tortura e que sempre disse que não gostava de Democracia, de Estado Democrático de Direitos, Política e que não tem nenhuma urbanidade e civilidade, e que demonstrou durante seus longos anos de deputado, ser medíocre e sem nenhum projeto.

O Lumpenzinato Digital venceu, uma horda de gente sem nenhuma civilidade tomou conta do debate nacional, via o palanque da redes sociais, se aproveitaram das franjas de disputas democráticas, vitaminadas pela escandalização e uma clara orientação midiática de ódio ao PT e a esquerda.

É preciso reconhecer que a adaptação do PT às negociatas do poder, nem sempre transparentes, mas necessárias para o jogo da democracia, tornou-o “igual”, mesmo com grandes avanços, nos seus governos, no momento de crise, não conseguiu se distinguir.

Entretanto, a despeito de todos os ataques, foi ao segundo turno, desigual, contaminado pelas fakenews e o ambiente francamente doente, apodrecido, que abriu flanco para a família Bolsonaro, o auge do movimento iniciado com as jornadas de junho de 2013, finalmente, pariu seu eleito, o pior entre os piores, não deixa de ser irônico, que era a “renovação da política”, eleger um político velho e monotemático.

Jair nunca enganou ninguém, jamais negou sua veia autoritária e seu desprezo pelos Direitos Humanos, às mulheres, por exemplo, disse que teve 4 filhos e de uma “fraquejada”, uma mulher. Aliás, sua relação com a política é para ganhar dinheiro, pois confessava que usava verbas de gabinetes, como auxílio-moradia, para “comer gente”, ensinou os filhos, que por preguiça usa numeração, a serem “políticos” e usar gabinete para enricar.

Messias prometeu e cumpriu seus ódios, cada ministro reflete aquilo que ele odeia. Vejamos.

Ministro do Meio Ambiente, nomeou um que odeia o meio ambiente, em toda sua extensão. Mulheres e Direitos humanos, ocupado por uma fanática, uma mulher que tem nas mulheres, suas inimigas e que despreza os Direitos Humanos. Na Agricultura, uma mulher que odeia a natureza e alimentos saudáveis, amiga dos agrotóxicos e dos latifúndios.

Na Justiça, obviamente um ministro que é inimigo do Direito, que quando juiz, fazia suas próprias regras, contra a Constituição Federal, as leis e as garantias. O Chanceler é um inimigo das relações internacionais, guiado por um astrólogo, jura que a terra é plana e ver comunismo até em doce abóbora.

A Economia foi entregue para um típico abutre da especulação, sem nenhum apego ao país, desenvolvimento, emprego, trabalho e gente, mais um que é inimigo do próprio país e que tem como objetivo, acabar com o Estado, custe o que custar.

Na Educação um homem com dificuldades elementares cognição, não agride apenas o português, um problema fácil de corrigir, ofende à inteligência. Ele é inimigo da Educação, das Universidade de excelência, se declara contra o acesso às escolas pelos mais pobres, provoca situações vexatórias, como poucas vezes vistas.

Bolsonaro odeia política, então se cercou de todo tipo de gente sem traquejo algum no congresso, que se vangloriam de serem inimigos da democracia e da necessária costura de acordos e disputas parlamentares. Ao invés de lutar no congresso por propostas, brigam entre si por cargos, posições de comando e nenhum compromisso com as instituições, os filhos do presidente azeitam o caos, criando as guerras, em geral, via redes sociais.

Devemos admitir que, Jair Messias Bolsonaro, é coerente com seus valores, se cercou de auxiliares quem lhe devotam e são incapazes de pensar diferente ou que defendam o Brasil como nação, são currículos medíocres, nenhum brilho intelectual ou pessoal, exatamente à imagem do “chefe”.

O país cada dia mais próximo do caos, mas a família Bolsonaro e seus “parças”,  se comportam como a orquestra do Titanic, continuam tocando como se nada estivesse acontecendo, no meio da completa destruição e a água tomando conta do convés.

A pergunta que fica é: Até quando o país suportará esse desgoverno?

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