Arnobio Rocha Reflexões 1500º Post, um só Sentimento, Amor!

1499: 1500º Post, um só Sentimento, Amor!


Minha filha, onde estiver, muito obrigado pela inspiração e Amor.

“She’s got eyes of the bluest skies
As if they thought of rain
I hate to look into those eyes
And see an ounce of pain
Her hair reminds me of a warm safe place
Where as a child I’d hide
And pray for the thunder
And the rain
To quietly pass me by” (Sweet Child O´mine – Guns N´ Roses)

Parece inacreditável, mas chegamos a essa marca incrível, pelo menos para mim que criei esse espaço quase por acaso, seria apenas para digitalizar minhas “fichas de leituras”, os livros, filmes, que anotava em folhas, cadernos, rascunhos, às vezes nas páginas deles, enfim, seria a forma de consultar minhas impressões, algumas bem datadas, outras, apenas observações, ideias.

Desde o artigo anterior, pensava em escrever uma espécie de despedida, ou de agradecer aos que leram esse blog, em algum momento, essas ideias, nem sempre muito claras, de uma mente que foi sendo moldada às circunstâncias extremas da minha vida, que foi da tola vaidade, arrogância ao completo desapego por tudo, passando por confissões, nudez de alma, de sentimentos, dores agonizantes e, algum prazer.

Então, por coincidência, agora a pouco, vi pela quinta ou sexta fez, o filme “Capitão Fantástico”, que estranhamente martela em minha cabeça, as ideias libertárias, de ruptura social, de convenções, que covardemente, jamais fiz. Uma porrada na cara, uma pergunta constante: Quando vou viver o que sou de verdade? Muitas vezes, penso, que esse tempo passou, só me resta, fechar meu ciclo com alguma dignidade.

Há uma satisfação enorme de chegar até aqui, tantas fases vividas, nesses 9 anos e quatro meses, amadurecimento de visões, de como trabalhar as teses e categorias filosóficas, como começaram a fazer mais sentido e como usufruir dessas fontes. As minhas relações com os clássicos, de leitor à escritor, como eles surgem nos textos e se encaixam no que penso/elaboro.

Escrever virou algo mais fácil, fluindo naturalmente, apenas ir em frente, a técnica e os erros, ainda me incomodam, mas não brigo mais com nossa língua. O maior prazer é conseguir trazer aqui aquilo que vem à mente, de forma direta, com um estilo que vou aprimorando. As velhas preocupações sobre audiência, leitura, interações, sumiram ao vento, com as bruxas de Macbeth, nada disso tira meu humor, ler quem quer.

Por fim, quero dizer que se ainda tenho alguma sanidade, devo inteiramente, do ponto de vista intelectual, a esse espaço, minha maior terapia, onde liberto minhas dores, meus monstros, onde me tornei, Humano.

Nesses dias mais terríveis da vida, a iluminação veio das letras, do que elas podem fazer por mim e por quem que, eventualmente, venha a ler. As tragédias, minha, de amigos próximos, nada ficou sem um palavra de alento de esperança, ainda que seja tão vaga, dolorida, até amargas, mas nada que não seja daquilo que seja sincero e que corresponda ao que estou sentido.

Aqui, tive oportunidade de falar sobre muitas coisas, mas principalmente de um sentimento: Amor, amor à vida, ainda que tenha perdido tanto, com a partida de minha Letícia, que foi minha inspiração constante, a esperança de que um dia ela leria e saberia quem eu era, sob outra ótica, enfim, não foi possível, mas garanto que sempre fiz o meu melhor.

A vida é isso, amar.

 

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