Arnobio Rocha Esportes Brasil 4 x 1 Camarões – Neymar, o Curupira.

Brasil 4 x 1 Camarões – Neymar, o Curupira.


Neymar, o Curupira

Neymar, o Curupira

A melhor definição que eu li para o gol de Neymar ontem, foi do meu amigo, são-paulino, Alexandre Bueno: Neymar é o Curupira. O menino de pés girado para trás, uma figura mais interessante do folclore brasileiro, que junta a corruptela de “corumi” (menino) e “pira” (corpo), corpo de menino. O Curupira é menino zombeteiro que apronta com todos os que invadem as florestas, principalmente aqueles que vão ameaçar a natureza, o pequeno “demônio” da mitologia indígena era temido pelos invasores portugueses.

O gênio Neymar não pode encontrar melhor definição, as suas “artes” em campo encantam e derrubam os adversários, a foto do gol em que seus calcanhares estão para trás demonstram como o Curupira ali incorporou, fez-se medo no goleiro de camarões e na sua defesa. O repertório de “diabruras” não terminou ali, o segundo gols, nosso Curupira, espera o zagueiro dá o bote, para, mais uma vez, inverter a ordem natural do chute, jogando a bola no contrapé do goleiro e por baixo dos zagueiros, é coisa do sobrenatural, não pode ser feito por um comum, apenas por gênios ou deus da mata.

A fantástica copa no Brasil, aquela que ficará marcada na história como uma das maiores de todas as copas, sem dúvida ficará marcada pelas jogas espetaculares, Neymar já garantiu seu lugar, pelos dois gols de ontem, mas também pela sequência de chapéu e passe de costas, num lance tão improvável e impossível, pena que o Hulk (herói de quadrinhos) tenha perdido aquele que seria a jogada de gol mais incrível, até agora, desta copa.  Depois, com mais calma, revi o jogo e percebi como o gol de Fernandinho foi genial, o toque de Oscar é uma pequena obra de arte.

O adversário, Camarões, não tinha muito interesse no jogo, aliás, não disse a que veio, deu vexame em todos os momentos, teve o fim melancólico na goleada de ontem. O Brasil se impôs no jogo com facilidade, exceto pelo apagão no empate, um erro generalizado do lado direito da defesa, que mais uma vez ficou devendo, Daniel Alves, é um dos legados da copa, uma avenida ampla, sem semáforo, passa-se rápido e reto por ele. Paulinho, não foi tão mal, mas Fernandinho recompôs bem o meio, não deve mais sair do time.

Agora é que começa a verdadeira tensão de uma Copa, os temíveis mata-matas, aquele momento que não se pode mais errar, os nervos e o coração terão que falar mais alto. Felipão é um dos maiores mestres no mundo, neste tipo de jogo, sabe como poucos tirar o melhor de cada um. O primeiro adversário é o Chile que vem de ótima campanha, tomando a vaga “certa” da Espanha, que se despediu ontem, não sem antes um jornalista falar de “Copa comprada, corrompida” e outras groselhas, típico da arrogância de um país falido, que não perde a pose. Os chilenos, com Valdívia e Vidal já começaram o coro de que vão jogar contra o Brasil e o árbitro, um reflexo da tensão do próximo jogo.

Agora é hora de mais apoio ao time, confiar no Felipão, a mídia tem que parar de tentar pautar o treinador e deixar os jogadores tranquilos neste momento tão importante em que a concentração e dedicação é maior. É hora de exaltar o Curupira, digo Neymar, o nosso mitológico personagem, tão brasileiro, a verdadeira força criativa do futebol, que nos diferencia e nos identifica por todos os lugares do planeta.

Sua benção: Pelé, Garrincha, Didi, Mauro, Bellini, Gilmar dos Santos, Vavá, Carlos Alberto, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Gérson, Zico, Falcão, Sócrates, Romário, Ronaldo, Marcos, Rivaldo. Que vocês iluminem nossos craques.

#VaiBrasil.

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