Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0: 50 trilhões Menores

247: Crise 2.0: 50 trilhões Menores

 

(Reuters)

 

Devemos nos acostumar com os astronômicos números da Crise 2.0 , em novembro passado publiquei que em 2012 as principais economias mundiais precisariam de 10,3 Trilhões de Euros para refinancia suas dívidas, que este era o momento mais crítico, pois o capital em abundância tinha se esgotado.

 

Depois publiquei o estoque de capital que têm BCE e FED, respectivamente 3,2 trilhões de Euros e 2,7 trilhões, fazendo deles os verdadeiros agentes financiadores de um novo modelo, rompendo com o velho neoliberalismo, quase uma imposição da realidade. Os EUA já começaram a crescer e muito se deve a atuação do FED, inundando mercados com dólares, desvalorizando-o, tornando o país competitivo.

 

Hoje uma matéria interessante dá conta de quanto foi o total de prejuízo nas bolsas de 2007 à 2011: 50Trilhões de Dólares, é mais ou menos o total de todos os PIBs mundiais somados. Óbvio que os EUA( queda de 53%) e Europa( queda de 42%) lideram as perdas:

 

“O prejuízo dos mercados financeiros com a crise nos últimos quatro anos não foi pouco. Segundo um estudo do Instituto Assaf, entre 2008 e 2011 a crise deixou um rastro de perdas de US$ 50,4 trilhões nas bolsas de todo o mundo. Em média, o valor das bolsas mundiais em dezembro de 2011 ficou 12% inferior em relação a 2007.

“Apesar das altas em 2009 e 2010, as perdas em 2008, com o subprime, e no ano passado, com as incertezas na Europa e Grécia, foram muito fortes”, diz o professor Fabiano Lima, pesquisador do Instituto Assaf. O desempenho durante 2011 arrastou a média anual das bolsas para uma perda de 3% por ano nesse período.

Se compararmos os valores de mercado de 2007 com os valores de 2011, os EUA apresentam queda significativa de 53%; a Europa, perda de 42%. A Austrália, Nova Zelândia e Canadá apresentam alta de 3%; o Japão, de 9% e os mercados emergentes, de 22,6%. Apesar de não representarem numericamente a maioria das bolsas, os mercados americanos e europeus puxam para baixo a média mundial, já que possuem a maior parte dos volumes financeiros movimentados”. (Estadão, 27/02/2012)


Aqui não se trata de apenas especulação, mas de queima brutal de capital( Forças Produtivas), um ajuste estratosférico, cujos valores revelam o tamanho real da crise, sua dimensão dramática na economia real. A verdadeira desidratação da economia, coincidindo com os números da economia real que recentemente levantei. O mercado imobiliário americano recuou 33% desde 2005/06(ano real que se estabelece a crise).

 

Ao jogarmos estes números ao longo do tempo (4 anos) teremos uma diminuição da Economia nas Bolsas de 25% do Pib mundial. Estes números ajudam também a entender porque os preços ao consumidor, nos EUA, estão iguais a 2006, como se estivessem congelados por 5 anos.

 

Sobre os emergentes, em especial o Brasil a matéria diz que “Nesse mesmo período, no Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desvalorizou-se US$ 175,6 bilhões ou 12,55%”. Olhando para economia real, estes números são coerentes com o menor impacto da crise no Brasil. Enquanto EUA e Europa caíram vertiginosamente, aqui a queda diluída no período é bem menor, daí explica o atual momento do Brasil e BRICS.

 

 

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