Arnobio Rocha Crise 2.0 A Tara dos Liberais Contra a Petrobrás

738: A Tara dos Liberais Contra a Petrobrás

 

Graça Foster – Presidente da Petrobrás e seus desafios

 

A Petrobrás foi uma conquista marcante do povo brasileiro, que foi o resultado da imensa mobilização do “Petróleo é Nosso”, a empresa criada em 3 de outubro de 1953, pelo então Presidente Getúlio Vargas. Os Velhos liberais, da época, não queria o monopólio do petróleo e jamais aceitaram a derrota da criação da empresa, 60 anos depois continuam na mesma toada, não querem que a empresa viva, renovam as esperanças quando há um ano ruim, incrível como os argumentos são os mesmos.

É quase inacreditável que a Petrobrás tenha sobrevivido por tantos anos, não pela saúde financeira da empresa, que hoje é a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, mas, principalmente, pelas diversas tentativas de esvaziá-las, destruir o mais importante de engenharia e tecnologia nacional. De longe a Petrobrás é a empresa mais atacada e objeto de tanto ódio dos “Velhos/Novos” Liberais, não importa em que situação se encontre, eles a atacam com “sangue nos olhos”, o que, na maioria das vezes, empobrece seus argumentos.

Pela força e presença no PIB, na sua capacidade de ditar rumo da economia, com componente fundamental para o equilíbrio macroeconômico, a empresa acaba vítima preferencial das velhas disputas ideológicas. O período mais crítico da empresa foi durante os anos privatizadores de FHC, seu principal ministro e ideólogo, Sergio Motta, para delírio dos Velhos/Novos Liberais se referia à empresa como “Pretrossauro” que era o seu objetivo “quebrar sua espinha dorsal”, anos loucos que chegaram a gastar uma pequena fortuna para mudar o nome para “Petrobrax”. Até hoje, não sei o por que deles não terem levado à cabo a destruição da empresa.

A revalorização da empresa foi notória neste 10 anos de governo do PT, os números falam por si, não adianta os velhos/novos liberais gritarem, agora feito lobos em pele de cordeiro, mentirem tentando dizer que o PT está quebrando a empresa, vejamos um gráfico sobre a evolução do faturamento:

Gráfico da Petrobrás

 

Em 2011 o faturamento total apurou 244,17 Bilhões de Reais e, em 2012, foi de 281.37 Bilhões. Vejamos o relatório ( aqui na íntegra – Relatorio-de-atividades-Petrobras-2012-portugues ) apresentado semana passada, já auditado, com os números da Petrobrás:

 

Valor da Petrobrás mercado x Patrimônio(Valor real)  ( Fonte: Petrobrás)

 

Mesmo no período de imensa crise mundial a Petrobrás teve evolução patrimonial de 250% ( saltando de 138 bilhões para 343 bilhões de Reais). Mesmo em bolsa de valores, que é extremamente volátil ela teve valorização de 10% ( 224 para 255 Bilhões de Reais). Mais ainda, vamos verificar a lucratividade do período:

 

Lucro consolidado da Petrobrás ( Fonte: Petrobrás)

 

Mas os velhos/novos liberais ávidos pelo desastre assim falam, via Celso Ming e o relatório do Instituto Teotônio Vilela do PSDB, aqueles mesmo que queriam destruir a empresa: “Análise do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, preferiu dizer que os resultados da Petrobrás “são horrorosos”. E o mercado financeiro pareceu concordar. As cotações das ações ordinárias da empresa caíram 8,3%”. A parceria “mercado” e mídia/PSDB se faz notar no ataque especulativo contra a empresa, que, em última análise, contra o povo brasileiro.

Leiamos mais, a pérola deste  artigo de Ming no Estadão do dia 05/02/2013, em que, pretensamente, queria desancar a Petrobrás, mas o seio da crítica é que “o governo Dilma tem feito política de controle da inflação à custa do caixa da Petrobrás. Somente na área de Abastecimento, o rombo foi de R$ 22,9 bilhões, maior do que o lucro anual. E isso aconteceu porque a empresa foi obrigada a importar derivados para garantir o aumento do consumo interno que ela não conseguiu suprir. Pagou preços mais altos no mercado internacional e teve de revender esses combustíveis internamente a preços mais baixos. A distorção já é conhecida: os reajustes de preços concedidos ao longo do ano foram de longe insuficientes para cobrir a diferença”.

Caros, Velho/Novos liberais, a Petrobrás é patrimônio do Brasil, natural, portanto, que possa dar sua efetiva contribuição aos esforços do Estado, assim como tantas vezes o Estado a ajudou e ajuda, quando lhe franqueia a presença e exploração dentro e fora de suas fronteiras. O esforço imenso que o Brasil fez nos últimos dez anos, levou a Petrobrás ao seu atual momento, sua importância e tamanho, do meu ponto de vista, nada mais correto que a empresa possa participar efetivamente deste esforço, isto se chama Governo que pensa no país como nação, que todos instrumentos precisam funcionar para que todos possa crescer e superar os problemas nos momentos difíceis.

A grita contra a Petrobrás vai continuar, mas a empresa não vai envergar, ela é imensamente maior do que estes velhos/novos liberais que a querem destruída, entregue aos seus chefes, o capital estrangeiro. Jamais vão engolir uma empresa nacional tão importante, estatal então, morrem. A tara anti-Petrobrás é enorme, mas vai acabar em ejaculação precoce. Em tempo, novas descobertas no Pré-sal, aquele mesmo, que diziam que era ficção de Lula, foram descobertas nesta semana, como é difícil a vida de quem torce contra.

Avante Petrobrás, avante Brasil!!!

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5 thoughts on “738: A Tara dos Liberais Contra a Petrobrás”

  1. Faltou um “s” na última palavra do primeiro parágrafo. E no segundo parágrafo tem um espaço a mais antes da vírgula na última oração. Quanto ao texto? Sempre lúcido e irrepreensível.

  2. Além do que ela sempre foi chamada a essa contribuição, mesmo em governos anteriores, não é mesmo? Ela é gigante graças ao povo brasileiro, muito bom que o socorra nas horas difíceis. A recompensa logo virá.

  3. Velho Arnóbio,

    Independente de também considerar absurda a lógica privatista sobre a Petrobrás (que fez inclusive que esta perdesse o monopólio de exploração), a esquerda precisa fazer uma revisão urgente do paradigma fossilista como base para desenvolvimento. A ameaça à estabilidade do sistema climática deveria estar pautando, independente das colorações partidárias, as preocupações de cada um com um mínimo compromisso com as gerações futuras.

    Superando a indústria de armamentos, a indústria petroquímica mundial, entrelaçada com o capital financeiro (sugiro que dês uma olhada em estudo do TNI) está marchando para se configurar como a maior força destrutiva que o capital já engendrou. É preciso, urgentemente, deixar os combustíveis fósseis, e o Brasil tem condições privilegiadíssimas para fazê-lo.

    A Petrobrás, por ser majoritariamente estatal poderia e deveria estar a serviço de promover esse giro, mas tem sido extremamente tímida e movida pela mesma lógica geral de Shell, Exxon, BP, Chevron-Texaco e outras.

    Ademais, boa parte do pré-sal, que, como mostrei diversas, é uma ameaça brutal ao clima, está indo de encomenda para a Shell, com o leilão programado pelo Sr. Edison Lobão.

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