Arnobio Rocha Crise 2.0 Crise 2.0: Matar o Paciente, Sem Curar a Febre

475: Crise 2.0: Matar o Paciente, Sem Curar a Febre

Quase na queda geral

Depois das festas pela “Liberta Dores”, volto ao nosso trabalho de investigação e pesquisa d a Crise Mundial, aqui aqui na série sobre a Crise 2.0. Depois do último longo artigo com um panorama geral do que se debate como perspectivas da Economia, publicado aqui no post : Crise 2.0: Pessimismo Global, em que analisei os relatório do IIF e do FMI, agora vejo algumas notas que demonstram o grau de estupidez no combate à crise, em particular na Europa.

 

A Espanha com desemprego galopante, saiu de 10,4% no final de 2010, para quase 24,6% agora em Maio de 2012, segundo os números da EuroStat, resolve fazer mais um corte orçamentário, visando mais economia “O governo espanhol está finalizando um pacote de até 30 bilhões de euros que envolve cortes de gastos e aumento de impostos para ajudar a alcançar suas metas de déficit deste ano, disseram fontes com conhecimento do assunto. Desenhado para vários anos, o programa pode envolver a elevação do principal imposto ao consumidor da Espanha, uma nova taxa sobre energia, reformas no sistema de aposentadoria, cortes de salários de funcionários públicos, novas taxas de pedágios e outras reduções drásticas em gastos regionais e de ministérios, disseram as fontes”.

 

Por mais inacreditável que seja, este é o caminho mais uma vez imposto pela Troika à Espanha, que é aceito sem questionamento “Algumas medidas podem ser anunciadas na próxima semana, quando a UE deve conceder ao governo um ano extra para reduzir seu déficit abaixo de 3% da produção. Outras podem ser apresentadas durante o verão e incluiriam um plano orçamentário de vários anos a ser preparado em agosto. O alto endividamento das regiões espanholas e os bancos afetados pelo estouro do setor imobiliário há quatro anos colocaram o país no radar dos investidores que temem que a Espanha cause problemas para a moeda única se sua economia entrar em colapso.

 

O pacotaço proposto aprofundará ainda mais a crise do país, atende aos objetivos mais mesquinhos, uma febre com mais de 40 graus, sendo tratada com antitérmico. O receituário é o de sempre, até a UE dúvida da eficácia como continua a reportagem “O objetivo das medidas de austeridade é colocar a Espanha de volta nos trilhos para cumprir seus objetivos de déficit para 2012, embora alguns questionem se isso ampliará os problemas do país jogando-o ainda mais profundamente na recessão.”A ideia é implementar cortes equivalentes a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Tudo está sob revisão”, disse uma das fontes.Com o PIB nominal da Espanha totalizando cerca de 1 trilhão de euros por ano, os cortes equivaleriam a até 30 bilhões de euros durante vários anos”.

 

Os efeito práticos, dos seguidos planos de austeridade, até agora, são de piora da economia, aumento de desemprego, mas também atinge os índices de qualidade da Saúde, uma reportagem do El País( http://sociedad.elpais.com/sociedad/2012/07/03/actualidad/1341330790_797934.html )  mostra em números o que aconteceu desde o início dos cortes. Mas parece que nada disto é importante, querem mais cortes. Os trabalhadores e o povo em geral são os mais prejudicados, com tendência a piorar.

 

A questão não se resume a Espanha, houve uma piora geral nos números de desemprego de toda Zona do Euro “A taxa de desemprego nos 17 países da zona do euro subiu para um novo recorde em maio, quando 88 mil pessoas perderam o emprego. Segundo dados da Eurostat, a taxa aumentou para 11,1%, de 11,0% em abril – o nível mais alto desde que os registros começaram a ser feitos, em janeiro de 1995. O número de pessoas sem trabalho somou 17,561 milhões, também um recorde. O total de empregos perdidos na zona do euro nos 12 meses até o fim de maio ficou em 1,82 milhão. Entre as pessoas com menos de 25 anos, a taxa de desemprego subiu para o recorde de 22,6% em maio.

 

Os número impressionam de toda forma:  “Dentro do bloco, a taxa de desemprego foi menor na Áustria e na Holanda, onde ficou em 4,1% e 5,1%, respectivamente. Na Espanha a taxa foi a mais alta, de 24,6%, seguida pela Grécia, com 21,9%. Nos 27 países da União Europeia a taxa de desemprego subiu para 10,3% em maio, de 10,2% em abril, elevando o número de pessoas sem trabalho para 24,868 milhões”. (As informações são da Dow Jones, via Estadão)

 

A toada é a mesma, não importa que se piore, quando vão reagir?

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