Arnobio Rocha Crônicas do Japão Crônicas do Japão XV: Kioto II – Ginkakuji (Templo de Prata) (Post 90 – 44/2011)

Crônicas do Japão XV: Kioto II – Ginkakuji (Templo de Prata) (Post 90 – 44/2011)

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Ginkakuji – O templo de Prata

O templo de Prata é a expressão de um momento da vida e cultura de Kyoto depois do século de Ouro, que teve no Kinkakuji( templo de Ouro) seu auge, a nova Era,porém de austeridade e de grande incerteza.

Yoshimasa Ashikaga, era neto do grande Xogum Yomishimitsu, resolveu construir o templo de prata para que fosse símbolo dos novos tempos em Kyoto, a simplicidade e delicadeza do templo, contrastando com o tempo anterior de riqueza e glória.

As guerras e a disputa do poder punham em risco a sobrevivência da sociedade japonesa, os valores de hierarquia e obediência estavam sendo quebrados, tempos difíceis de conflitos incessante que puseram fim a uma era, quase duzentos anos de decadência se seguiram.

Yoshimasa era um amante das artes e escreveu poesias tipo Tanka e um destes permanece na entrada do templo: “Minha casa ao pé do monte Tsukimachi, aguardando a noite de luar.” A cerimônia do chá (sadō) também foi uma arte cultuada naquela casa.

O Ginkakuji é um templo austero, sóbrio, seria uma quase residência de um poderoso que ao morrer deixou-o para virar um templo budista, passando à posterioridade a imagem do seu criador, seus belos jardins que combinam pedrinhas com arbustos faz nos sentirmos andando em bonsais.

A sensação de grande harmonia e equilíbrio entre a natureza que circunda o templo e as intervenções humanas é de tirar o fôlego. A Beleza da construção com a lâmina de prata, uma tentativa de brilhar a lua na escuridão que sobreveio à sociedade naquela época. O templo parece flutuar sobre o pequeno lago que o circunda.

A beleza do Koyo( a floração avermelhada do outono) e as pedras do jardim, ambiente apropriado para meditação do Zen-budismo.

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