Arnobio Rocha Política #Rearmamento teórico ou o Silêncio Ensurdecedor (42 – 32/2010)

43: #Rearmamento teórico ou o Silêncio Ensurdecedor (42 – 32/2010)

Pessoal empolgado com a saída do Diogo Mainardi da Veja, pensei só uma Direita BURRA, que teve intelectuais brilhantes, hoje admira esgotos como: Reinaldo Azvedo,Merval Pereira,Miriam Leitão,Waak,Jabor…e pior os leva à sério..

Hoje em dia ando mais preocupado com nossa indigência Intelectual à esquerda, do que perder tempo com a sorte  destes esgostos de Direita .Vivemos uma época muito pobre  intelectualmente, reflexo direto das quedas dos muros:Berlim e Wall Street…os dois lados perderam pesadamente.Mas, do nosso “lado” a coisa continua mais complicada de se retomar,vejamos:

1)    A velha esquerda Trotskista que se julgou vencedora com queda do muro de Berlim, foi incapaz de apresentar qualquer projeto de sociedade socialista e democrática que animasse aqueles países das justeza de suas críticas ao Stalinismo;

2)    A Velha esquerda Stalinista, quase enterrada em 89, ressurge pós queda de Wall Street, mas também não traz projeto de sociedade socialista que rompa com seu passado de crimes e erros na Ex-URSS;

3)    A Direita q nadou de braçada nos anos 90/00, vive uma crise sem precedente,mas mantém controle social por falta de alternativa absoluta e não surgimento de uma nova esquerda;

4)    vivemos a contradição de termos uma vaga histórica à esquerda aberta, desde 2008,mas não temos projetos alternativos;

5)    Portanto, não adianta comemorar  a crise da Direita, se não somos capazes de ocupar este espaço, falta-nos teoria e prática revolucionária;

6)    Aqui as nossas heranças:Trotskista ou Stalinista, impedem qualque avanço..o ranço e a pobreza intelectual, torna perjorativo debate, samos,muitas vezes jargões e estigmatizamos qualquer pensamento crítico, os que discordam destas correntes,estreitas e medíocres são logo qualificados de “direita”;

7)    Várias vezes conclamo este rearmamento teórico,a resposta é sempre um : SILÊNCIO ENSURDECEDOR…vamos tocar o bloguinho e cuidarmos do nosso onfalo e sermos sempre os maiores revolucionários de nós mesmo.

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0 thoughts on “43: #Rearmamento teórico ou o Silêncio Ensurdecedor (42 – 32/2010)”

  1. Nunca fui nem esquerda trotskysta nem esquerda stalinista, embora com breve passagem pelo PCB. Na época diziam que eu era socialista “afetivo-sentimental”, com muita honra, o que creio continuo a ser, ainda que alfabetizada em literatura marxista. Acho que a esquerda mundial precisa estudar,pensar, pensar muito, com atenção à história, à realidade dos movimentos históricos concretos, refletir, mudar conceitos e debater. Por ora, tenho de estudar antes de propor. Forte abraço.

  2. Arnóbio;

    Se vc ficar procurando um projeto unificador vai morrer de depressão. Estamos na era dos “projetos”… algo plural. A sociedade está dividida e luta social se ampliou, sendo mais que um arsenal teórico composto por uma classe de intelectuais que se coloca como iluminada. A revolução não se dá apenas pela teoria, mas pela prática vivida. Para questionar o mundo, não é tão imprescindível ler o Marx.

    Abraço

  3. Boa noite, Arnóbio !

    Concordo com vários pontos do teu post, inclusive no pricipal, pois também entendo, como a camarada Vera, que é fundamental estudar e debater. Sim, antes de mais nada é necessário – ler, estudar, pensar e repensar as bases teóricas do socialismo que ainda são atualíssimas. Na verdade, é preciso admitir que vivemos na era da urgência, da superficialidade,dos jargões fáceis. Muitos dos que se dizem de esquerda e socialistas, na realidade, não tem qualquer formação teórica e, por óbvio, jamais terão uma práxis revolucionária. No entanto, não podemos nos render e abandonar a luta ou, pior, cairmos num esquerdismo que cuja única consequência é alimentar o discurso de uma direita moribunda, mas que ainda detém o poder de fato. Nessa perspectiva, também não podemos nos eximir da responsabilidade, que é nossa, de promovermos o que você denomina de rearmamento teórico em todos os espaços possíveis, inclusive na internet. Pra concluir, conte comigo nessa empreitada.
    Abraço
    Jorge

  4. Eu sou mesmo e de ver resultados e me aliar onde o concreto se materializa primeiro. Adoro ler, estudar, discutir e aprender. Porem divido tudo em prioridades. Aos 55 acomulo muitas memorias de miseria no Brasil. O Brasil e a minha prioridade. Ai vejo: Casas, pontes, luz, escolas, remedios, telefericos, olimpiadas, copa, ferrovias, hidroeletricas, ciencia, caida de desmatamento, e o povo todo nas ruas e na net tagarelando. Acho dificil reconhecer algum silencio. Pelo contrario, o barulho e tanto que tenho de peneirar onde ir ouvir.
    Residente que sou nos USA tenho a desgraca e o privilegio de ter em maos informacoes do mundo inteirinho, e tambem me interesso por terras alem Brasil. Enchergo uma direita extrema, intensificada e cada dia mais raivosa, principalmente aki no nucleo, mais nao limitada a ele. O que vejo e a hora se aproximando cada vez mais rapida. Um enorme conflito se aproxima. Nao vai fazer diferenca os graus de direita ou esquerda. Os que navegam no meio se esticarao e serao obrigados a tomar as bordas, ou da direita, ou da esquerda. Seja la como e que se definam cada uma, se aproxima a hora do compromisso. O meio nao vai sobrar, nao e sustentavel. Talvez, se por acaso sobrevivermos (Duvido muito, pois minha visao e bem apocaliptica), mais se houver este milagre e sobreviviermos o extremo se tornara o meio, e o meio como agora os vemos desaparece. Quem ta na direita ja deu seus ares. Ja mostrou sua capacidade nazista, racista classisista,etc. Quem ta na esquerda procura se definir depois de seculos de opressao e perda grande de identidade. navegam neste meio. Eu os vejo como rasoavel, temperados e de sabedorias. Porem quem vem da direita nao os deixarao ficar ali.
    A midia ja declaraou a sua guerra, e a direita venceu os primeiros rounds. Agora vem um tal de Assange, uns soldados israelenses revelando seus pecados. Um Barak O”Bush tambem sendo desnudado. O processo encaminha. O futuro esta incerto.

  5. a esquerda não perdeu a capacidade de propor, aconteceu sim uma pesada censura com o argumento neo-liberalista da vitória sobre o socialismo em berlim 89, então a direita perdeu o tônus (odeio metáforas de corpo, mas a usei) ficou débil sem um rival, agora, com o estado salvando a pátria na crise de 2009, os neoliberais ficaram sem o discurso que julgavam ser sólido e eterno, nada de mais, eu acho que sou anarquista, mas não daqueles que pregam o zero imposto, e sim daquele que pregam o zero poder!

  6. Essa discussão passa bem longe de mim que não tenho leitura alguma de teoria marxista. Meu posicionamento à esquerda é de observação da vida e da não aceitação de um status quo que interessa a muito poucos e faz bem a menos ainda. Por isso aprovo o governo Lula e votei na nossa presidenta eleita. Por isso sigo muitos de vcs no twitter – porque concordo com suas posições. Mas não me vejo uma intelectual de esquerda conclamando quem quer que seja para uma retomada.

    PS Gosto de seus textos e sou uma exigente leitora – de literatura, bem entendido.

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