Arnobio Rocha Política #DemocraciaDireta : Novo momento de velhos sonhos (35 – 25/2010)

36: #DemocraciaDireta : Novo momento de velhos sonhos (35 – 25/2010)

Primeiro texto para começarmos a debater o conceito de Democracia Direta, rapidamente olhando Wikipédia temos esta definição de Democracia Direta:

“Uma democracia direta é qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de tomada de decisões. As primeiras democracias da antiguidade foram democracias diretas. O exemplo mais marcante das primeiras democracias diretas é a de Atenas (e de outras cidades gregas), nas quais o Povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas. Na Grécia antiga o “Povo” era composto por pessoas com título de cidadão ateniense. Porém, mulheres, escravos e mestiços não tinham direito a esse título, exclusivo para homens que fossem filhos e netos de atenienses.” ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_direta )

Como se concretizaria hoje o conceito de Democracia Direta? A internet em sua imensa possibilidade de aproximar e conectar pessoas e idéias é o campo fértil para exercício pleno de democracia, aqui nos despimos da “propriedade privada” das coisas e objetos. Todo trabalho intelectual produzido, elaborado, sofre a crítica imediata, a colaboração o aprimoramento e, muitas vezes, no descarte dela, por algo melhor ou mais inventivo.

Pouco mais de 2 meses atrás tivemos um encontro denominado de “Blogueiros Progressistas” que foi feita por uma iniciativa autônoma de alguns blogueiros e que houve uma grande participação desde seu nascedouro, as reuniões de pauta, as mesas, os convites, os deslocamentos nacionais até a sua vitoriosa execução. Vários estados já fizeram seus encontros locais, mantendo a chama acesa da idéia original. Sei também de vários outros encontros de twiteiros culturais pelo Brasil, que são iniciativas importantes neste novo ambiente das redes sociais.

O Brasil abraçou de forma grandiosa as redes sociais (Orkut, facebook, Twitter) com milhões de pessoas conectadas, se informando, debatendo, com todos os níveis de assuntos. Foi um palco importante na última campanha eleitoral, pois aqui se identificou uma nova “militância” bem como uma forma mais simples, rápida e Direta de se comunicar com as pessoas. É verdade que houve exageros, mau uso das ferramentas para difamar pessoas e grupos sócias,étnicos e regionais, mas isto também faz parte do contexto da expressão direta que as redes sociais possibilitam.

Criamos um amplo espaço de debate político, estético, cultural e educacional neste último ano e mais do que nunca devemos nos manter na trincheira deste movimento, nos conectando aos assuntos de ponta, das polêmicas mundiais, dos acontecimentos locais, não precisando ser tutelados por grupos de comunicações fortes com suas ideologias bizantinas.

Nosso grito de LIBERDADE de EXPRESSÃO é mais verdadeiro e sincero, pois não está preso aos grilhões das empresas de mídia que querem a liberdade de empresa não a de falar e dizer aquilo que queremos. Neste novo ambiente derrubamos armações, pequenos golpes com nossa velocidade de criarmos tags, produzirmos vídeos e textos que minimizaram impactos de “noticias” golpistas.

Diante do que vivemos proponho que nos agrupemos livremente para uma efetiva participação política, social e cultural naquilo que denomino de DEMOCRACIA DIRETA, sem meio termos ela se materializará nos seguintes termos:

1)    Incentivo aos Encontros locais e nacionais de Blogs;

2)    Incentivo aos Encontros de Twiteiros Culturais;

3)    Participação nos Twitcam dos mais diversos amigos da rede;

4)    Participação direta na elaboração e construção das conferências nacionais;

5)    Exigir que a Internet seja incluída como Direito Fundamental do cidadão;

6)    Lutar pelo Plano Nacional de banda Larga que seja imediatamente executado;

7)    Ampla rede de defesa das políticas publica que façam inclusão social;

8)    Exercer direito de resposta que a mídia nos nega;

São alguns pontos para o debate.

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0 thoughts on “36: #DemocraciaDireta : Novo momento de velhos sonhos (35 – 25/2010)”

  1. Considero que a internet e a participação efetiva em redes sociais foi essencial para debater temas diversos, já que o debate político na grande mídia tomou um foque totalmente equivocado.
    Tbm foi importante para desmentir as calúnias levantadas contra Dilma Roussef.

  2. Me parece também de fundamental importância encontrar rapidamente formas – antes da banda larga para todos, que não vai ser de hoje prá amanhã – de comunicar aos parcialmente excluídos digitalmente que há esta outra forma de #democraciadireta. Estive com minha sogra de 82 anos, que mora num sítio no interior de Paty do Alferes. Figuraça ela, imprimia artigos de blogs, quando não os sintetizava em texto próprio, e distribuía a pessoas de sua área de influência, disseminando assim preciosos dados. E isso foi essencial para a votação de Dilma por lá. Depois desta campanha onde a desinformação foi a base da votação absurda do projeto tucano – ou alguém acredita que se os 44 milhões que votaram nele soubessem tudo que sabemos ele teria mais que 10%? – isso é a frente de batalha imediata.

  3. Boa iniciativa. A internet como território livre é a saída para a alienação da TV, revisdtas, jornais e rádio. A primeira coisa a se fazer e um projeto de lei de iniciativa popular, para dar garantia às nossas reivindicações. Lembrar também que essa lei é importante e precisa ser feita de acordo com o processo legislativo. E reunir todas as reivindicações em um só documento. Liberdade na internet já!

    @Antonio_oficial

  4. Parabéns! Excelente iniciativa. As primeiras diretrizes estão muito bem construídas.
    Gostaria de acrescentar à discussão, como um segundo passo, a inclusão digital “de qualidade” (na falta de uma expressão mais abrangente). Não basta garantir o acesso, é fundamental fornecer também certa estrutura para a inclusão digital, devido à grande quantidade de conteúdo mal intencionado. O “recém incluído” terá que enfrentar tudo aquilo que muitos de nós aprendemos a duras penas.
    Fica aqui o registro dessa urgência: a preparação do ambiente virtual para uma boa inclusão.
    Força!!!

  5. Excelente texto, vou repassar.
    As redes mobilizadas na campanha devem assumir novas frentes de luta em respaldo e apoio aos objetivos da presidenta recem-eleita.
    Tenho sugerido, para os que apoiam:

    – acompanhamento da investigação dos crimes eleitorais contra a sociedade brasileira que não podem ser esquecidos;
    – acompanhamento e resistência à tentativa de impor um AI-5digital;
    – acompanhamento da indicação para o STF e apoio, para os que concordam, do nome de DeSanctis para o cargo.

  6. Excelentes sugestões!
    Chamo a atenção para o fato de que a sórdida guerra psicológica levada a efeito durante a campanha, pela direita,está tendo continuidade.
    Prosseguem os emails anônimos desconstrutores da imagem de Dilma como presidente, telemarketing e twitagem com a mesma finalidade, fora a habitual ação deletéria do PIG.
    O fato é que pelo menos uns 10% da votação que seriam naturalmente para Dilma foram para o Serra em virtude dessa guerra sinistra.
    Poderíamos pensar num movimento para, a partir de uma análise profunda de como atuou no período eleitoral e prossegue atuando essa Guerra de Quarta Geração no Brasil, partir para a proposição de um Projetode de Lei de Iniciativa Popular, como previsto na CF,que versasse sobre Vida Política Limpa no país. Não só durante as campanhas,mas permanentemente.
    O que estamos assistindo é que os crimes contra a honra e os crimes eleitorais previstos nos códigos legais vigentes passaram a ser “tolerados”, como se fossem uma brincadeirinha inocente.
    Isso está gerando situações de extrema gravidade, interferindo na destruição de valores éticos e morais que protegem a cidadania da violência e da barbárie.

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